O alto nível do desenvolvimento capitalista da sociedade contemporânea permite a entrada cada vez mais precoce dos indivíduos na vida do consumo. O que se tem visto nas crianças da atualidade é consequência disso. Na infância, o cérebro humano ainda não possui maturidade o suficiente para ser bombardeado com tamanha quantidade de informação, além de ter dificuldade de estipular limites. Desde que o mercado aliou-se à publicidade para ampliar seu público e seu faturamento, por volta da década de 60, os empresários viram nas crianças uma classe extremamente vulnerável. Isso tem feito com que a publicidade infantil seja um ramo cada dia mais rentável. Entretanto, é necessário também verificar as consequências disso. Uma criança consumista se tornará um adulto consumista, algo prejudicial não só para o indivíduo mas também para a sociedade e o meio ambiente. O controle legislativo por parte das autoridades sobre a publicidade infantil é imprescindível, muitos países já a limitam ou até mesmo a proíbem. Infelizmente isso é necessário, pois muitas vezes os empresários pouco se preocupam com o desenvolvimento cognitivo das crianças, tendo em vista somente o lucro, o que é natural em um sistema capitalista liberal. Dessa forma, entende-se que o consumismo desenfreado por parte das crianças traz consequências devastadoras para a sociedade. Assim, além de um controle midiático por parte do governo, é necessário que os pais eduquem seus filhos com consciência, orientando sobre o que é certo e o que é errado, além de estabelecer limites para que cresçam como adultos responsáveis.