O ato de consumir é um hábito que é desenvolvido a cada dia mais cedo e tem como base de influência o capitalismo, alcançando todas as camadas da sociedade. As crianças, em especial, por sua vulnerabilidade têm sido alvo de campanhas publicitárias, cujo o intuito é estimular o consumo desenfreado. E isso acarreta em problemas como obesidade infantil e estresse familiar. Atualmente, é possível notar que há uma atenção maior da sociedade com as crianças, pois são tidas, e com razão, como o futuro e a esperança de dias melhores. Porém, esse interesse não é exclusivo das ações sociais, os agentes do mercado global veem nas crianças consumidores em potencial, são os clientes do presente e do futuro, além de serem uma poderosa influência nos processos de escolha de produtos e serviços utilizados pela família. E para chegar até as crianças utilizam, principalmente, a mídia por meio da TV e internet, e lançam estratégias como a associação dos personagens favoritos das crianças com os produtos. Além disso, contam com a influência que as crianças têm umas sobre as outras na escola, por exemplo. Várias consequências são associadas ao consumo infantil exagerado como o estresse familiar, pois nem sempre os pais podem dá o que a criança deseja. A obesidade é um problema de saúde também relacionado, porque os produtos mais chamativos, seja por suas embalagens bonitas ou por brindes agregados são os menos saudáveis e muito calóricos. Há também transtornos psicológicos como a baixa auto- estima, justificada pela não adesão de algum objeto da moda. E isso, em alguns casos, gera até vítimas de bullying, pois os colegas desenvolvem a política do ter para ser, que é o reflexo da sociedade em que vivem. Sem falar que esses pequenos provavelmente serão adultos insaciáveis, gerando um ciclo vicioso. Além desses problemas a nível individual, existe os danos ao ambiente, pois a matéria-prima para os objetos vem da natureza e é findável e em seguida vem a geração de toneladas de lixo. Em virtude dos fatos mencionados, verifica-se que seria interessante uma interação de Ministérios como o da Educação e do Meio Ambiente, a fim de levarem para as escolas ações como a promoção de feiras de trocas de brinquedos, inserir nas aulas através de brincadeiras, teatro e músicas, por exemplo, o conceito de sustentabilidade. Mas essas medidas devem contar com o envolvimento dos pais também, para que sejam conscientizados e informadas das melhores maneiras para agir frente a esse problema. Os pais são essenciais nesse processo e pequenos atos no dia a dia são revolucionários para o futuro da criança, em primeira instância o diálogo e a negociação com os filhos constituem a base da educação, mas podem lançar mão de atos como tentar tirar mais as crianças da frente de TV e internet e leva-las à parques, zoológicos, praças, para que percebam que podem se satisfazer de outras formas e não somente obtendo coisas matérias.