No limiar do século XXI, as publicidades infantis se ampliaram nos meios comunicativos e influenciam em mais de 80% na escolha de um produto. Isso é justificado pelo contexto capitalista de apropriar-se desse público e inseri-los no consumismo imposto desde novos. Nesse sentido, as consequências das desenfreadas aquisições seriam positivas no âmbito lucrativo, se não corrompessem os aspectos social e ambiental. A princípio, o psíquico mirim se apresenta em processo de desenvolvimento, ou seja, é passível ao controle devido à falta de senso crítico. Se a realidade é marcada por uma grande parcela de pais que cedem aos desejos das crianças, tornando-as protagonistas de suas vontades, não menos exato é a dominação das compras sobre elas. Desse modo, percebe-se o germe da fluidez social, em que os valores são substituídos pela ilusão de que a existência é regida pela obtenção de bens. Por outro lado, a dominação de mercadorias nessa faixa etária normalmente é desvinculada de informações engajadas, o que intensifica o processo lúdico do consumismo infantil. Seguindo essa perspectiva, um grande problema ambiental é o não sentimento de responsabilidade do comprador e o desenvolvimento de que inerente ao produto está o lixo. Assim, haverá o crescimento de jovens atrelados a itens supérfluos que manterão um estilo de vida insustentável. Portanto, a educação de consumo às crianças é imperativa para a harmonização entre os setores ambiental, social e econômico. Logo, os países devem promover instruções financeiras e delegarem mesadas, a fim dos filhos começarem a ter noções de responsabilidade quando quiserem comprar algo. Ainda nos lares, é importante que ocorra conversas prévias à aquisição, de maneira a analisar se o produto é realmente indispensável e,com isso, uma realidade consciente será concebida.