O Brasil sofre de diversas formas as consequências negativas do avanço das drogas. Na economia, na segurança, na educação, na saúde e na política. Todos os setores da sociedade são afetados pelo uso indiscriminado de substâncias ilegais, que podem viciar e até matar. Uma ação conjunta entre Estado e cidadãos se faz necessária e urgente para reduzir os danos causados por essa realidade e barrar o aumento do número de adictos. Os adolescentes e jovens se encontram em situação de maior vulnerabilidade pela maior propensão ao vício dada a sua imaturidade neuropsicológica e a situações socioeconômicas precárias. Ademais, aliciar menores para o tráfico em troca de dinheiro, luxo e atenção é uma das ferramentas mais usadas no negócio da droga. Os traficantes perceberam que basta dar a atenção que, frequentemente, essas vítimas não encontram em casa. E cada um dos aliciados vale a pena, pois a comercialização de cocaína e seus derivados no Brasil movimenta somas extraordinárias de dinheiro, colocando o país entre os que mais consomem os ítens citados no mundo, segundo o Relatório Mundial sobre Drogas de 2014. A propagação da dependência química na sociedade também acarreta o aumento da violência. São homicídios por causa de dívidas com traficantes, mortes por overdose, roubos para conseguir sustentar a demanda cada vez maior da substância viciante. Os crimes sexuais também figuram nesse cenário de horror causado pela indústria do narcotráfico. E, os esquemas de corrupção de policiais e autoridades públicas para facilitar a entrada e a distribuição de drogas no Brasil agrava ainda mais o sentimento de impotência que vem sendo nutrido pelo povo. Diante do exposto se faz necessário recobrar a esperança dos cidadãos na solução para um problema tão grave quanto o dos químicos ilícitos. O Governo Federal deve dar maior visibilidade, por meio de campanhas publicitárias ao aumento dos investimentos feitos para combater as drogas desde 2006 e os resultados já obtidos. Estados e Municípios precisam ampliar os serviços de saúde específicos para a triagem de usuários viciados e encaminhar um número cada vez maior para a reabilitação. E, o mercado de trabalho também deve se preparar com vagas para as pessoas que saíram das instituições de tratamento e precisam ser reinseridas na sociedade. Por fim, as escolas precisam engajar os pais de forma obrigatória nas diversas atividades desenvolvidas pelos estudantes, essa é uma forma de aproximar pais e filhos a fim de diminuir as lacunas afetivas que possam existir no convívio familiar. O compromisso é de todos.