Os constantes debates sobre a possível legalização das drogas, em especial a da maconha, trouxeram aos brasileiros quesitos a questionar sobre as consequências do recorrente uso dessas substâncias. É sábio que o uso da maconha pode ajudar em tratamentos como o câncer, entretanto é necessário averiguar até que ponto sua utilização é benéfica, diante disso e do crescente uso das drogas, seja pelo busca do prazer ou por medicação, é a medicina que explica com maior clareza os vícios e os comprometimentos causados pelas drogas. No Brasil, até o começo do século vinte, não havia nenhum controle estatal sobre as drogas, que eram majoritariamente consumidas por jovens de classe média e alta. Em 1921 surgiu a primeira lei restritiva na utilização de drogas, incluindo a morfina, que puniria qualquer tipo de utilização que não fosse por recomendação médica, mas somente em 1933 ocorreram as primeiras prisões no país. Antigamente, as pessoas que buscavam o prazer através das drogas e viciavam-se eram estereotipadas como fracas e vulneráveis, mas atualmente a medicina pode explicar que o vício está ligado aos caminhos percorridos pela dopamina, substância que gera prazer, no cérebro, tornando-se então um problema tanto social como fisiológico. Segundo estudos realizados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) a droga que mais tem causados problemas no Brasil é o álcool, sendo que a cada sete famílias cerca de uma tem alguém com sérios problemas com a bebida. O constante uso do álcool e de outras drogas além de trazer consequências para o usuário, como as doenças psiquiátricas, trás problemas para a sociedade, como o aumento da violência, de acidentes e da criminalidade. Portanto, mediante ao aumento do uso de drogas no país é notório a falta de políticas públicas no meio da saúde para tentar resolver esse problema. Faz-se necessário que o Ministério da Saúde, em conjunto com o Ministério de Desenvolvimento Social, criem mais centros de apoio aos viciados para que tenham acesso a psicólogos, médicos, tratamentos e oportunidades para que vejam uma nova forma de seguir a vida. É preciso também que a Polícia Federal tenha maior controle e fiscalização nos aeroportos para evitar a entrada de drogas no país. Não é um problema de fácil resolução, é necessário paciência, mas já dizia o escritor Içami Tiba: “Nenhum projeto é viável se não começa a se construir desde já: o futuro será o que começamos a fazer dele no presente”.