Título da redação:

Felicidade ilusória

Tema de redação: As consequências do avanço das drogas no Brasil

Redação enviada em 14/09/2016

Depressão, distúrbios psiquiátricos, ansiedade. Essas são algumas características que podem induzir pessoas ao consumo de drogas. Nesse contexto, Zygmunt Bauman afirmou que a sociedade pode contribuir para o avanço desse fenômeno, pelo conceito de modernidade líquida, em que uma felicidade deve ser alcançável a qualquer custo, no caso, o vício. Logo, entende-se que o uso de drogas no Brasil é um problema político, econômico e social. Primeiramente, de acordo com a pirâmide etária da população brasileira, fornecida pelo IBGE, cerca de 50% dos cidadãos são jovens entre 15 e 29 anos, e são esses os mais propensos a ingestão de estimulantes. Haja vista, a vulnerabilidade dessa faixa etária é devida as constantes alterações hormonais e ao incompleto desenvolvimento da personalidade. Outrossim, esse consumo gera um aumento de entrada de substâncias entorpecentes no território nacional, contribuindo para a desestruturação da sociedade, como o estímulo ao tráfico de drogas. Ademais, outro fato que contribui para o avanço do consumo de drogas são as doenças da contemporaneidade. Segundo uma pesquisa feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), dos 523 usuários entrevistados, 44% apresentaram um quadro de depressão e outros distúrbios emocionais. Soma-se a isso, a pressão social também contribui para o fenômeno, bem como afirma Bauman, de que para a sociedade o prazer deve ser alcançado a qualquer custo, nem que seja por meios destrutivos. Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para conter o impasse. Pelo poder público, é esperado que o Ministério da Saúde crie uma cartilha e divulgue nos meios televisivos, descrevendo sobre os malefícios da ingestão de drogas, sejam lícitas ou ilegais, mostrando o antes e depois de um usuário, para a efetiva conscientização social. Além disso, é dever das escolas realizarem palestras sobre as consequências do consumo de drogas e a família também deve advertir os menores, por intermédio de conversas, para que a utilização desses produtos diminua. Por fim, as ONGs especialistas nesse assunto, em parceria com o Governo Federal, estaduais e municipais, poderia disponibilizar cursos gratuitos para que os usuários se concentrem em outra função e larguem o vício.