As drogas não são novidade na história da humanidade, ao contrário, são quase tão antigas quanto a história da civilização. No entanto, nas últimas décadas, elas têm se espalhado vertiginosamente pelo mundo, gerando graves consequências para as sociedades. Por isso, para que se possa combater esses problemas de forma efetiva, aqui no Brasil, é preciso que medidas de redução aos danos causados pelas drogas sejam implementados. As drogas, lícitas ou ilícitas, estão associadas à inúmeros problemas socioeconômicos. Em relação a saúde, elas contribuem para o aumento do câncer, das doenças infecciosas, de problemas cognitivos, etc.; em relação ao crime, elas contribuem para o aumento dos assaltos, da corrupção, da violência policial, das chacinas, etc.; e em relação à economia, só a guerra contra as drogas gera milhões em gastos, sem contar os gastos que elas geram nas áreas da saúde pública, previdência social, etc. Entretanto, apesar de todos esses problemas, a forma com que se tem combatido as drogas, nos últimos anos, tem sido pouco efetiva, pois a política que norteia essa abordagem é uma de repressão e erradicação completa das drogas. Essa estratégia, contudo, é idealista e impossível. A repressão, por exemplo, só tem aumentado os índices de corrupção — entre policiais, principalmente — e de criminalidade, visto que, a maioria dos presos por envolvimento com drogas não são traficantes, mas apenas usuários experimentais e ocasionais e, quando presos, acabam se envolvendo com o crime nas prisões. Portanto, a redução de danos e a reinserção social deveriam ser as novas estratégias, visto que elas possuem uma abordagem mais objetiva, pois lidam com os sintomas do problema, anteriormente pouco enfocados. Para começar, o Governo Federal poderia criar clínicas especializadas para cuidar dos usuários de forma segura e salubre; e oferecer programas de tratamento e reabilitação social para aqueles interessados. Segundo, a descriminalização da posse de entorpecentes pode ser benéfica porque fará os usuários a procurarem por ajuda sem temerem a prisão. Assim, essas novas abordagens podem proporcionar mais luz sobre o problema e ajudar a conter o avanço das drogas e suas consequências no Brasil.