Título da redação:

Drogas: rebelião e marginalidade.

Proposta: As consequências do avanço das drogas no Brasil

Redação enviada em 24/04/2017

Em uma sociedade em que tudo é direcionado ao consumo e satisfação pessoal, as drogas se tornaram a principal forma de obter o prazer e fuga da realidade. Contudo, tais recompensas podem criar graves consequências para os indivíduos e para a sociedade como um todo, portanto, é necessário profundo entendimento das causam que levam a seu uso e possíveis efeitos. Os índios utilizavam as drogas em rituais religiosos há milhares de anos, porém, como o passar do tempo, elas se tornaram uma das principais formas de rebeldia e resistência à opressão, como foi o caso do festival Woodstock, que ocorreu na década de 70 nos Estados Unidos, em que a cultura hippie era vista como uma forma de se rebelar contra o capitalismo, a ditadura e a violência, sendo seu principal lema “Sexo, drogas e rock’n roll”. Por conta desse efeito de rebelião atrelado às drogas, um dos grupos mais afetado por elas são os adolescentes, que estão em fase de formação, tanto física quanto psicológica muitas vezes vêem nas drogas a fuga para o descaso dos pais, às imposições da sociedade em se “encaixar” nos moldes criados por ela ou mesmo o bullying praticado por colegas nas escolas, tornando-os ainda mais suscetíveis ao vício, uma vez que, ao utilizar uma droga considerada leve, como a maconha ou álcool, o prazer passa a não ser o suficiente, levando-os a consumir drogas mais pesadas, como a cocaína, ou o crack. Além disso, é importante compreender outro nefasto efeito do uso das drogas: a marginalidade, que surge quando a família passa a discriminar o indivíduo usuário de drogas ou quando os exclui de seu convívio, muitas vezes levada pela situação de violência em que tais indivíduos se encontram durante os picos de uso das substâncias, o que diminui ainda mais a chance de recuperação, já que isso pode levá-los a morar nas ruas, onde dificilmente conseguirão ajuda para obter tratamento. É o caso da cracolândia em São Paulo, onde centenas de dependentes químicos vivem na rua como marginais, tendo fácil acesso a drogas baratas e muito perigosas como o crack, dificultando ainda mais a solução do problema. Dessa forma, a principal e mais urgente medida a ser tomada é o entendimento do problema das drogas em caso de saúde pública: o Ministério da Saúde deve intensificar e investir mais em programas tanto de prevenção ao uso das drogas, como ampliar o acesso ao tratamento da dependência, como é o caso do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que atende dependentes químicos que voluntariamente os procuram, passam por tratamento e são reinseridos na sociedade. Outro ponto importante é o cuidado com os adolescentes que podem facilmente ser seduzidos pela satisfação trazida pelas drogas, sendo de extrema importância a conversa que se inicia com a família, no que diz respeito à orientação sobre os malefícios trazidos por uso de tais substâncias, além da atuação da escola como educadora principal através principalmente de palestras que mostrem os efeitos das drogas no corpo e discussões entre os próprios alunos. Dessa maneira, será possível diminuir o avanço das drogas em nossa sociedade.