Violência urbana, cadeias superlotadas, famílias destruídas. Não é difícil encontrar notícias semelhantes a essa que não estejam associadas às drogas. O problema das drogas no Brasil é complexo e, principalmente quando envolve as drogas atualmente ilícitas. Enquanto a justiça brasileira criminaliza o uso dessas drogas; organizações criminosas se aproveitam da situação monopolizando a distribuição das substâncias, gerando consequências que desequilibram o desenvolver da sociedade. Relativo a ilegalidade das drogas no Brasil, é possível perceber que não houve efeitos positivos, uma vez que acabou aumentando o nível da problemática. Desde 2006, quando a lei que confere ao juízes decidir quem é consumidor ou traficante entrou em vigor, a população carcerária cresceu 55%. Muitas vezes essas pessoas são jovens que, por influência, tornaram-se usuários de drogas e, ao serem presos, acabem sendo inseridos nas facções presentes nos presídios. Além disso, nota-se a oportunidade que os traficantes se deparam ao possuírem um mercado grandioso e quase sem concorrência, uma vez que as facções se formam de modo que as comunidades e regiões fiquem sobre seu comando, dificultando, assim, a vida das pessoas inocentes que ali habitam. É notório, portanto, que as leis antidrogas falharam e continuar esperando bons resultados seria um erro cuja consequência seria cada vez maior para a sociedade. Por isso, é necessário colocar em prática mudanças na legislação brasileira por meio da descriminalização das drogas. Para isso, é preciso que o governo federal em consonância com as escolas, invista em educação sobre drogas para a população afim de alertá-la sobre seus danos a saúde, além de tratar os já usuários com a visão da medicina e não da forma criminalista por intermédio de projetos de reabilitação e inclusão educacional para os jovens necessitados.