O seriado norte-americano “Narcos” – que destaca a biografia do traficante colombiano Pablo Escobar – relata em dimensões reais o trafico da cocaína nos países latinos e a violência relacionada aos envolvidos do sistema. Fora das telas, o avanço do narcotráfico, junto aos problemas sociais advindos deste, ainda constitui-se em um impasse ameaçador da segurança nacional no Brasil. A inserção de indivíduos na realidade do narcotráfico é ocasionada primordialmente pela conjuntura de exclusão social vigente no país: a ausência de perspectiva de moradores de ambientes desfavorecidos, aliado a poucas oportunidade de trabalho formal que abrange esse grupo ambiciona parcela da população a ignorar os entraves do crime ilegal e aderir ao sistema. Por não necessitar de qualificação educacional, não limitar a faixa etária, e proporcionar retorno rápido ao individuo, o comercio ilegal tornou-se um sistema de ampla adesão popular, atingindo as diversas regiões do país. As consequências relacionadas ao avanço do sistema são evidenciadas na área da saúde e do estudo social: no aspecto medicinal, o uso do entorpecente provoca falhas no sistema nervoso, no funcionamento dos órgãos e problemas respiratórios, fator que aumenta os gastos governamentais destinados a saúde publica. No âmbito social, a desestruturação familiar e o aumento de homicídios ambicionados pelo poder financeiro do trafico – refletido em assassinatos brutais apresentados no seriado americano – são elementos oriundos da realidade proporcionada pelas drogas. Diante dos argumentos supracitados, faz-se necessária reversão de tal contexto, através de medidas por parte do governo que sensibilizem o corpo social – através de propagandas de comoção midiática – a fim de estimular a seriedade do problema e suas consequências, e colaborar na instalação de medidas socioeducativas que exponham as reais consequências fisiológicas e sociais advindas do sistema do narcotráfico, a fim de minimizar a exposição ao risco, reduzir as consequências na vida adulta e tratar com maturidade excelência o problema no Brasil.