''As drogas me deram asas para voar, depois me tiraram o céu''. A célebre frase de John Lennon sintetiza, metaforicamente, as consequências que o uso frequente de um composto químico traz à pessoa. Depois da euforia, gozação e felicidade, vem a perda da lucidez, família e convívio social, consequências essas impostas não somente pelo efeito do químico, como também pelo preconceito da sociedade. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), o consumo de drogas no Brasil vem crescendo anualmente. A entrada no mundo das drogas, claramente influenciada pela pressão social no jovem e problemas psicológicos, precede consequências graves ao indivíduo, como pertubação comportamental, ansiedade, depressão e autocídio. Esse tipo de comportamento exclui o usuário do convívio social. o que colabora para a continuidade do uso de entorpecentes, Nesse viés, muito além do âmbito individual, o uso de drogas abrange sérias consequências sociais. Por ser um ''tabu'', a discussão no Brasil sobre o uso de entorpecentes e o tratamento do usuário ainda envolve muito preconceito. O dependente químico é erroneamente visto pela sociedade como alguém perdido, sem recuperação, quando na verdade programas de desintoxicação e ajuda garantem a recuperação da maioria das pessoas que caem nesse mundo. Por conseguinte, os efeitos do uso de drogas envolvem tanto o individual quanto o social do usuário. Nesse sentido, é necessário que o Ministério da Saúde, através de cartilhas educacionais difundidas nas escolas, promova um pensamento social de que a dependência química é uma doença e tem tratamento, bem como invista em programas de apoio ao usuário, devolvendo assim o ''céu'' do cidadão.