"Vamos juntos,vamos de mãos dadas."Essa frase de Drummond ilustra a importância da ação conjunta a fim de melhorias sociais.O aumento de casos de microcefalia é um desafio para a medicina.No entanto,as consequências dessa má formação são preocupantes e merecem a atenção de todos.Como garantir o bem estar e o futuro dessas crianças afetadas no Brasil? A priori,tem-se o descaso preventivo contra as causas do problema.A negligência com as medidas profiláticas da dengue e da Zika são,lamentavelmente,o cerne desse assunto.Além disso,hábitos desaconselháveis para a gravidez como o uso de álcool e drogas também podem comprometer o desenvolvimento cognitivo fetal.Contudo,infelizmente,esses fatos,somados à falta de acompanhamento gestacional adequado,devido a precariedade do sistema de saúde público,são os responsáveis pelo acentuado número de bebes microcefálicos no país. A posteriori,como consequências disso,tem-se a preocupação quanto a garantia de cuidados essenciais e amparo a essas crianças no futuro.A microcefalia compromete o desenvolvimento e aprendizagem individual.Ademais,por não ter cura,necessita de assistência médica por toda a vida.Devido a isso,investimentos em infraestrutura educacional,bem como saúde pública são primordiais.Isso porque,a curto e longo prazo essas crianças precisarão de cuidados especiais e amparo pedagógico a fim de obterem a inclusão social dentro e fora das escolas. Tais fatos podem ser analisados à luz de Hans Jonas,em sua obra "O princípio da responsabilidade".Nela,o autor elucidou sobre a responsabilidade ética sobre as futuras gerações.Desse modo,o Estado tem a obrigação de oferecer assistência e suporte a todas as mães e crianças afetadas pela microcefalia,além de estudar todas as suas possíveis consequências e propor soluções para os impactos acarretados. Nessa diretriz,é papel das autoridades municipais oferecerem repelentes gratuitos nos postos de saúde,bem como o governo investir em medicina preventiva e especializada no assunto.Além disso,é dever midiático alertar sobre os cuidados na gravidez e,sobretudo,perigos do acúmulo de água parada e focos da dengue e zika.Deve-se também,divulgar explicações referentes ao mau desenvolvimento cognitivo da microcefalia nos programas de televisão,a fim de ampliar o conhecimento da população sobre essa temática.Ademais,as ONGs podem contribuir oferecendo ajuda às mães de bebês afetados,dando apoio psicológico e auxílio necessário.Outrossim,a escola tem o dever de formar cidadãos conscientes sobre o cuidado com a saúde e prevenção,bem como oferecer uma educação digna a todos,contribuindo sempre para a inclusão.Por fim,é papel familiar o suporte e o carinho para os pequenos diagnosticados com essa condição,além da responsabilidade parental com os cuidados pré-natais e acompanhamento gestacional para a redução do número de indivíduos microcefálicos no Brasil.