A manifestação popular ocorrida no Brasil, no ano de 1904, ocasionada pela realização de uma campanha de vacinação obrigatória, conhecida como revolta da vacina, ocorreu devido á resistência da população, fruto do desconhecimento, contra o projeto do governo para atenuar os efeitos do vírus causador da varíola. Analogamente, na atual conjuntura, o Brasil vivencia um aumento de outra doença que deturpa a saúde da população, e também é protagonizada por um vírus: a microcefalia. A microcefalia, doença em que há um encolhimento do cérebro e cabeça, é causada por diversos fatores durante a gestação, como o consumo de drogas, desnutrição, entre outros. Contudo, a classificação dessa patologia como epidemia, é dada devido á existência do aumento de caso vinculado ao zika vírus, recendo destaque para os estados do nordeste. Outrossim, a microcefalia é “apenas” um dos percalços que esse vírus causa, pois ele é muito similar aos agentes infecciosos que estão ligados ao desenvolvimento do autismo e esquizofrenia, acarretando a possibilidade de uma população formadas por pessoas hipossuficientes, segundo informa a revista norte-americana “Sciene”. A constituição de 1988, declarou a saúde um direito do cidadão, entretanto, esse direito deve se manifestar não apenas quando um indivíduo já está com uma doença crônica, mas sim quando o cidadão necessita de suporte de modo a evitar a aparição da doença, possibilitando a garantia de saneamento básico para população. Esse fato é o que reflete no caso do aumento de caso da microcefalia no Brasil, porque temos um âmbito deturpado, que não fornece ao menos informações qualificadas á população. Essa patologia, têm culminado na aparição de um panorama do caos, porque muitas mães são diagnosticas tarde, não recebem acompanhamento médico de qualidade, sofrem com as consequências do vírus no seu organismo e no do feto, por conseguinte, em alguns casos, ocorre a morte da criança, culminando no aumento do transtorno psicológico e aparição de complicações pós-parto. Logo, como o fito de interromper a perpetuação do aumento de casos da microcefalia no Brasil, é primordial que haja maior investimento do Governo Federal para medidas de saneamento básico, cuja finalidade está vinculada na erradicação do vírus da zika. É vital que a Receita Federal, separe uma maior parcela dos impostos arrecadados para programas direcionados ao melhoramento e atendimento da saúde pública, como o SUS, para fornecer diagnostico o quanto antes, acompanhamento médico e psicológico de qualidade a genitora e a prole. Também é imprescindível, que o Ministério da Saúde, juntamente com o governo, forneçam suporte financeiro para realização de pesquisa contra o vírus da zika e seus efeitos no organismo. É imprescindível, que as mães que possuem filhos com microcefalia, possam se ajudar e trocar experiências, podendo realizar grupos de apoio, porque uma sociedade só muda, quando cada cidadão altera seu comportamento.