Há anos a microcefalia, patologia que atinge o sistema nervoso central, é encontrada em meio à população brasileira, mas o que antes era pouco conhecido, se tornou uma das doenças mais anunciadas. Dentre as diversas causas, estão o uso de drogas durante a gravidez, além de determinadas infecções, mas, em 2015, com a epidemia do zika vírus no país, seguido do aumento de casos de microcefalia, iniciaram-se pesquisas sobre a relação entre as doenças. No entanto, não apenas as causas devem ser conhecidas, como se deve também refletir a respeito das consequências positivas e negativas. Primeiramente, é necessário saber que uma das características mais marcantes da enfermidade e que possibilita um primeiro diagnóstico é o perímetro da abóboda craniana, que, nos recém-nascidos afetados, possui menos de 32 centímetros. Outras decorrências físicas e mentais são perceptíveis ao longo do desenvolvimento da criança, uma vez que são comuns sequelas mentais e motoras por conta da patologia. Tais fatos geram angústia e fazem com que se reflita sobre as palavras do historiador Heródoto "Esta é a mais dolorosa de todas as doenças humanas: dispor de todo o conhecimento e ainda não ter nenhum poder de ação”. A partir do conhecimento sobre a microcefalia pode-se perceber as resultantes para o Brasil. Um efeito negativo para a nação é o aumento de casos de aborto ilegal que, por si, pode gerar sequelas nas mulheres, que podem ser evidenciadas por mais de 200 mil casos de internações no SUS por complicações pós-aborto. Todavia consequências positivas mostram-se mais numerosas, uma vez que o país passou a anunciar mais este mal e pesquisadores se mostram cada vez mais interessados em desenvolver estudos para o tratamento e medidas que reduzam as incidências tanto de zika como da nanocefalia. Portanto, é mister que toda a sociedade se mobilize. O governo por meio de investimento em medidas profiláticas e melhora educacional. Profissionais de saúde, por intermédio de trabalhos filantrópicos para a redução dos impactos. A mídia deve promover campanhas e, grupos de apoio e de discussão sobre o aborto devem ser organizados pela população como um todo para que a comunidade possa se sensibilizar com o fato e possibilitar uma maior inclusão social. Apenas assim será possível confrontar as ideias de Heródoto e mostrar que o homem possui poder de ação.