Microcefalia, uma das doenças mais temidas pelas gestantes, que torna árdua a vida de seus filhos, tem um grande aumento de casos no Brasil. Ainda não está comprovado cientificamente o fator agravante da doença, mas é necessário atenuar as possíveis conseqüências do aumento. Além disso, há sim uma relação deste surto com o vírus da zika, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. Diante desse quadro, entender mais sobre a doença ajudará a enfrentar a epidemia e tratar dos enfermos. Entretanto, a doença não é apenas causada antes da gravidez, ela também poderá manifestar-se em conjunto com a meningite, encefalite ou hipertireoidismo infantil. Poderá também surgir por infecções durante a gravidez, diabete materna mal controlada, consumo de álcool e drogas. São várias as formas de contaminação, logo é necessário redobrar a profilaxia. Medidas essas como, abranger a fiscalização nas residências a fim de exterminar os focos do mosquito. Consequentemente, o aumento com os gastos públicos na saúde deveria ser uma prioridade, propostas como a PEC 241, que visa o congelamento da verba na saúde, só irá agravar a má gestão da saúde pública e aumentar o sofrimento das vítimas que contam com sua precária assistência. Os casos de microcefalia, no Brasil, são maiores pela interação com outras doenças e condições socioeconômicas. Tratar com descaso é abrir brecha para piorar o cenário da doença no Nordeste, por exemplo, o estado que mais sofreu com o surto. Torna-se necessário, portanto, a melhoria na gestão do SUS para o atendimento efetivo da demanda; redobrar a fiscalização dos agentes da saúde nas residências para eliminar os focos do mosquito. Além disso, a abolição da proposta de emenda à constituição já mencionada, que sem dúvidas, não é a solução para os casos de microcefalia e nem para as doenças que aumentam as chances de contraí-la. Só assim, será lançada um chama de esperança para as vidas em risco.