Título da redação:

A microcefalia e sua alarmante incidência no Brasil

Proposta: As consequências do aumento de casos de microcefalia no Brasil

Redação enviada em 24/10/2016

A microcefalia é uma malformação congênita no bebê que pode ser causada pela interação da gestante com várias doenças, como a rubéola, a sífilis e mais recentemente com o vírus zika. Ela deixa o crânio com um tamanho inferior à média de 33 centímetros, afetando o desenvolvimento cognitivo da criança e comprometendo sua vida como um todo. O crescimento de casos da doença no Brasil é alarmante e promove uma discussão sobre as questões socioeconômicas, sanitárias e de saúde do país. Diversas doenças assolam a humanidade há séculos e com o desenvolvimento da ciência e da medicina, a descoberta de seus vetores e transmissores possibilitou a elaboração de tratamentos e de curas. Entretanto, muitas enfermidades permanecem sem solução e vários organismos ainda nem foram descobertos. O caso do vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, e sua epidemia são recentes, com início em 2007, e sua relação com o crescimento dos relatos de microcefalia é ainda mais novo para a ciência, de modo que a OMS e as autoridades médicas não possuem uma resposta definitiva a respeito dessa relação e principalmente uma proposta de cura. Os particulares índices de microcefalia no Brasil intrigam a medicina. O país é, segundo a OMS, 4,3 vezes maior do que a Colômbia (segundo lugar no ranking de casos da doença), mas apresenta 63 vezes mais relatos. As condições socioeconômicas da população, visto que muitas não possuem acesso à saúde e à condições sanitárias dignas, somadas à interação com várias outras doenças – explicada justamente pela falta de infraestrutura que acomete as pessoas – pode justificar o aumento da incidência dessa enfermidade, que prejudica o desenvolvimento cognitivo e motor da criança e consequentemente a sua vida. A microcefalia já estava atrelada à diversas doenças, mas a sua causa devido à ação do vírus zika é algo novo para a ciência. Portanto, o desenvolvimento de pesquisas por especialistas em universidades e em institutos médicos, como o Butantan por exemplo, são importantes para a obtenção de uma vacina efetiva contra o antígeno. A atuação do Ministério da Saúde, em conjunto com as autoridades locais nos municípios, deve promover grupos de apoio com médicos, fisioterapeutas e todos os especialistas necessários para treinar e ensinar os pais de bebês com a doença ou com a suspeita dela a estimular a criança desde os primeiros dias, numa tentativa de reverter as sequelas deixadas pela microcefalia.