Segundo Aristóteles o homem é um ser social e por isso as relações interpessoais são importantes, atualmente os relacionamentos de maior destaque são os virtuais. O problema se encontra quando esse modo de interagir interfere na convivência real, onde não há o controle de com quem relacionar-se, é o caso da bolha social que aparentemente sendo confortável socialmente pode propagar a dificuldade em lidar com o contraditório. Pode-se perceber que o uso das redes sociais é uma das características da sociedade contemporânea, nelas podemos controlar as interações e normalmente acolhemos o que nos é semelhante, por ser satisfatório. Porém essa restrição limita, afastando o que nos é oposto e quando chegamos ao convívio real pode surgir a complexidade em tolerar o diferente. Nessa perspectiva de lidar com vínculos reais não nos foge da realidade situações em que o que é diferente é desaprovado, como por exemplo os casos de intolerância religiosa. Mesmo o Brasil sendo um Estado laico desde 1890 ainda existem pessoas que desrespeitam a religião do próximo, ignorando, completamente, a existência da liberdade de crença. Somado a isso também pode-se relatar a intolerância à orientação sexual, mesmo os homossexuais cada vez mais, obtendo visibilidade e apoio, o preconceito é patente. De acordo com o Grupo Gay da Bahia, comparado a 2016, o número de mortes relacionadas à homofobia no Brasil aumentou em 30% no ano de 2017, havendo 445 vítimas do pensamento homofóbico. Considerando as consequências das bolhas sociais e a dificuldade em controlá-las, visto que também depende da percepção de cada ser humano. Cabe ao Estado, portanto, propagar campanhas que incentivem o respeito acima de tudo, pois quando a população compreender que aquele que tem verdades diferentes das suas não é inimigo, haverá união e uma sociedade unida é chave para o desenvolvimento.