No século XXI, a Terceira Revolução Industrial vive o seu auge com o avanço das tecnologias, a partir do qual as redes sociais e grandes mídias passam a moldar o pensamento da população. Assim, formam-se as “bolhas sociais”, as quais são definidas pela homogeneidade de gostos e ideais, algo preocupante em virtude de causar intolerância e formação de vários “mundinhos”. Em primeiro plano, vale ressaltar a ascendência da intolerância no contexto social. Nesse sentido, percebe-se que o Nazismo, no século XX, impossibilitou a troca de experiências entre judeus e alemães devido à aversão ao diferente que foi propagada pelo ideal de superioridade alemã perante os outros povos. Sob o mesmo ângulo, no contexto vigente, a criação de grupos sociais unânimes ocorreu por consequência da ideia de que “gosto não se discute”, o que faz com que os indivíduos se limitem as suas preferências. Logo, maneiras de combater essa situação devem ser repensadas. Ademais, convém acrescentar as implicações das “bolhas sociais” no processo de socialização do ser humano. Segundo, os estudos sociológicos do francês Pierre Bourdieu, são dois processos para as pessoas se socializarem, sendo o segundo referente ao contato com pessoas que não sejam familiares. Contudo, geralmente, essa interação se dá conforme os gostos e preferências, por isso é inegável dizer que relações como essa limitam o conhecimento acerca de outras culturas, o que colabora para a criação de diversos “mundinhos” em uma única sociedade. Desse modo, a inexistência da aproximação entre grupos distintos contribui para a formação dessas “bolhas”. Em suma, para contornar isso, é preciso que o Ministério da Educação, em parceria com pais e professores, promova palestras e aulas sobre as diversas culturas, por meio de seminários e apresentações lúdicas, a fim de aumentar o contato entre jovens com gostos contrários. Além disso, o Poder Legislativo deve criar uma lei que multe as mídias que divulgarem propagandas influenciadoras conforme os perfis dos usuários, com o objetivo de diminuir a formação das “bolhas” na sociedade. Só assim, o pensamento do ser humano não será moldado.