Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: As consequências das bolhas sociais no Brasil contemporâneo

Redação enviada em 22/10/2018

O famoso famoso quadro pós-impressionista “O Grito”, de Edvard Munch, apesar de ter sido pintado em um contexto diferente, poderia ilustrar, de maneira fidedigna, a caótica situação gerada pelas bolhas sociais no Brasil. Nesse sentido, no que diz respeito aos impactos do fenômeno supracitado, faz-se relevante analisar prejuízos à democracia em consonância ao favorecimento de discursos de ódio. Em primeira análise, cabe pontuar que a questão compromete a vida política da sociedade. Conforme Hegel, filósofo alemão, o embate entre duas ideias de naturezas opostas gera uma síntese, que seria a superação delas. De maneira análoga, quando dois cidadãos com pontos de vistas diferentes debatem sobre determinado assunto, como de cunho social, político e econômico, é gerado, ao final, um produto, de conhecimento mais rebuscado. No entanto, as bolhas sociais, por unirem pessoas de ponto de vista singulares, impedem tal intercâmbio intelectual. Nesse viés, a problemática configura-se como prejudicial à democracia, já que compromete o principal pilar dela, que é a deliberação. Somado a isso, cabe pontuar como consequência das bolhas sociais o aumento dos discursos de ódio nas redes sociais. Segundo Peter Berger, filósofo austríaco, a socialização é responsável por moldar a visão de mundo do indivíduo. Sob tal ótica, o indivíduo que convive com pessoas de mesma inclinação ideológica, tem sua visão de mundo limitada, fato que vem se intensificado com as redes sociais. Isso ocorre porque nesses sites, como o Facebook, é usado um algoritmo que identifica os interesses do usuário e oferece informações, prioritariamente, sobre eles. Com isso em mente, tal isolamento em grupos de pensamento próximos, colabora para a propagação de discursos de ódio com aqueles que não se adequam a mesma visão de mundo. Em suma, a conjuntura necessita ser revertida. Para isso, é mister que organizações filantrópicas realizem educação digital em escolas, de nível médio e fundamental, educando às crianças, por intermédio de jogos, oficinas e discussões, sobre o risco das bolhas sociais, como sair delas, visando formar, desde a infância, a consciência crítica do futuro cidadão sobre a temática, evitando torna-se vítima dela. O projeto poderá ser feito com a criação de uma página no Facebook, para captação de doações e convocação de voluntários. Somente assim, a questão será amenizada a e democracia brasileira fortalecera-se.