Projetos antidemocráticos tiveram como gênese a formação de uma bolha social, a exemplo do nazismo, onde só era permitido a manifestação de um único ponto de vista. Nesse sentido, a proliferação de novas bolhas sociais intensificadas pelo advento da internet assumem um rumo negativo em um ambiente democrático, visto que intensificam a intolerância e a paralisia intelectual. Sabe-se que a intolerância é um mal recorrente no Brasil, seja de qual tipo for. Uma reportagem feita pelo jornal britânica The Guardian mostrou que o deres peito é mais visto em lugares onde o pensamento do opressor é, também, o da maioria; e, por isso, o alvo atacado é tido como tolo bem como as suas ideias. Logo, os pensamentos minoritários são excluídos daquele local (casa, trabalho, redes sociais), de maneira a gerar danos como baixa autoestima, ansiedade, culpa, empobrecimento cultural etc. para com aquele que foi denegrido. Outrossim, a bolha social é uma geradora constante da paralisia intelectual nos próprios indivíduos que a integram, uma vez que dificulta o desenvolvimento cognitivo e a obtenção do conhecimento. Quando se vive em um ambiente carente da pluralidade opinativa, há uma impressão, por parte dos que ali habitam, de que são detentores da verdade, mas não passa na cabeça de tais camaradas a chance de que, por efeito inercial, estão tão familiarizados com seus dogmas que acabam por empobrecer o debate intelectual. De todo um modo, podemos perceber a decorrência maléfica desse discurso no Brasil, onde o povo se isola e decide buscar uma só verdade, ao invés de juntos procurarem uma solução comunal para o atual caos. Para que se faça valer o arrefecimento dos fatores contribuintes com as consequências da bolha social no Brasil, portanto, o setor público e privado dos meios de comunicação devem promover uma campanha generalizada em pro do incentivo a livre discussão, por meio do compartilhamento de cartazes e seminários, realizados, principalmente, na internet, aos quais mostrem as vantagens do debate construtivo em uma sociedade moderna. A fim de informar o Brasil de sua desinformação quanto a riqueza da pluralidade de pensamentos.