A Terceira Revolução Industrial entrou em vigor na segunda metade do século XX, quando houve uma série de descobertas e avanços no campo tecnológico. Desde então, isso criou diversos benefícios para a humanidade, porém, malefícios também, como as bolhas sociais. Nesse ímpeto, consequências como a alienação e a intolerância precisam ser discutidas. Segundo a Alegoria da Caverna, de Platão, um grupo de homens estão acorrentados em uma caverna olhando para sombras na parede, o que acreditam ser o mundo, uma vez que era somente aquilo que enxergavam. Isso está intrínseco às bolhas sociais, pois elas não deixam a pessoa ver além daquilo que lhe agrada e lhe condiz. Ou seja, formam indivíduos alienados, que pensam que o mundo correto é reflexo daquilo que ele pensa e que não aceitam outras opiniões além das que eles possuem. Ademais, os algoritmos seletivos das redes sociais escolhem algo relevante, como aquilo que acham que os usuários querem ver, ler ou assistir, de acordo com o que interagem mais. Sendo assim, não têm a oportunidade de ter um pensamento imparcial sobre os fatos do cotidiano. Logo, acaba gerando o preconceito e a intolerância por parte de quem vive dentro das bolhas com aqueles que não estão. Por exemplo, uma pessoa que gosta de um determinado estilo musical diz que odeia uma outra pessoa porque ela gosta de um diferente, sem ao menos conhecê-la. Tendo em vista os aspectos observados, infere-se que as bolhas sociais fomentam em sujeitos alienados e intolerantes. Portanto, cabe às mídias a realização de campanhas informativas e educativas que explorem o problema e os efeitos para a sociedade, tendo em vista frisar que não existem opiniões certas, mas sim diferentes. É igualmente imprescindível a ação de ONGs em escolas visando estabelecer o diálogo por meio de fóruns e palestras com o intuito de conscientizar os alunos sobre a problemática. De modo que possa diminuir ao menos um malefício da Terceira Revolução Industrial.