O advento do mundo virtual e da padronização informacional promove a limitação do acesso a postagens semelhantes e com posições similares as do próprio internauta,o que vai de encontro ao pensamento do liberalista Jonh Locke que defende o respeito às diversas manifestações sociais do ser humano e sua plena convivência em comunidade. Nesse contexto, não deveria haver portanto bolhas de limitação, e sim uma sociedade orgânica, também similar ao pensamento do sociólogo Max Weber. Convém ressaltar que em uma sociedade onde as bolhas sociais promovem o entendimento único de sua própria realidade, consoante ao filósofo Arthur Scopenhauer, limita-se o campo de visão de uma pessoa- nesse caso bolha- determinando o seu entendimento do mundo que a cerca, logo, distanciando e individualizando o seu convívio. Em consequência disso, Zygmunt Bauman disserta sobre a fluidez dos valores em seu livro "Modernidade Líquida", exemplificando casos como a constante mudança de emprego e a falta de autorreconhecimento no seu local de moradia como fatores impulsionadores de atitudes em favor de prazeres próprios em detrimento de coletivos. Desse modo, gradativamente os relacionamentos tornam-se mais mecânicos e passíveis de intolerância pro falta de conhecimento e aceitação do outro. Nesse sentido, é mister aos Ministérios da educação e da cultura a promoção de projetos com atividades lúdicas e culturais- uma vez que ações culturais coletivas têm imenso poder transformador- de acesso a toda a população em ao ar livre a fim de obter relações mais estreitas entre os participantes e estourar de forma definitiva as bolhas contemporâneas.