As redes sociais são artifícios que, em grande escala, ajudaram a facilitar a vida da maioria das pessoas. Ao contrário do que era realidade há algumas décadas, não é mais necessário que se esperem dias (e, às vezes, até meses) para que seja feito contato com alguém ou para que se receba uma notícia. A humanidade vive dias gloriosos, onde basta apenas alguns minutos para que se receba alguma novidade ou uma simples mensagem de alguém do outro lado do mundo. O grande problema reside, entretanto, quando o usuário vê apenas algo que irá lhe agradar. O senso crítico é construído quando, após experiências diversas, é criada uma opinião concreta sobre algo. O que está sendo vivido, então, é a perda de oportunidades para que seja provido tal posicionamento sensato. Já não é mais novidade que na internet, tudo é completamente monitorado; de simples conversas à pesquisas feitas, tudo é arquivado. Desse modo, baseando-se naquilo que determinado usuário gosta, é possível e bastante comum que lhe apareçam coisas das quais ele aceita e defende. E o grande fator resume-se a isso: o usuário não procura por mais do que lhe é oferecido. Com isso, não há contradições das suas ideias e assa a ser entendido, então, que o que pensa detém a verdade absoluta. Tomando isso para si, o indivíduo não mais se interessa em debates com pessoas que detenham pensamentos diferentes e passam a acreditar que todos os outros estão errados. É necessário, pois, que a sociedade seja conscientizada em escolas, anúncios públicos, que a obtenção de apenas um ponto de vista sobre um assunto não é necessário para que seja formada uma opinião que tantas vezes é difundida. É preciso que seja formado um senso crítico nos cidadãos e, desse jeito, eles conseguirão sair da bolha que construíram para si.