A Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científico Informacional, é caracterizada pela revolução tecnológica e globalização nos meios de comunicação. Por consequência, foi incentivada a criação das “bolhas sociais”, que podem ser entendidas como a união de pessoas com interesses parecidos somado à exclusão dos demais, o que favoreceu com a formação de indivíduos que são fechados a opiniões e ideias que se opõem às suas próprias. Tais bolhas tendem a se fortalecer especialmente por meio da internet e das redes sociais. Nesse contexto, questiona-se o que pode ser feito para a redução dessa ignorância cultural, ou seja, o desprezo da diferença de opiniões, que está presente na vida de muitas pessoas, mas não é benéfico para ninguém. À procura de aceitação, o homem busca estar em um meio no qual se encontram seus pares. Em tal ambiente, aglutinam-se aqueles que possuem pensamentos parecidos, o que pode gerar discordância e estranheza quando a ele forem expostas ideias díspares às suas, o que pode incentivar o desenvolvimento de preconceito. Com base no pensamento de Albert Einstein, que afirma que “é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”, faz-se clara a dificuldade que será de acabar com (ou ao menos reduzir) os preconceitos enquanto há influência das bolhas sociais. A filtragem de conteúdo realizada pelas redes sociais, então caracterizada pela seleção de informações baseada nos interesses do usuário, é claramente uma importante influência sobre o fenômeno da bolha social. Os usuários se limitam a ler somente informações de gêneros parecidos e de autores com opiniões próximas às suas, passando a estabelecer uma opinião fixa e a discordar e não tolerar grupos de ideias diferentes. Dessa forma, conforme o jornalista irlandês George Shaw, o qual afirma que não há progresso sem mudança, vê-se que existe uma necessidade de mudança nesse modo de funcionamento dos grupos no meio social. De acordo com Émile Durkheim, a sociedade tem de funcionar como um organismo para possuir harmonia. Baseando-se nessa teoria, cabe ao Ministério da Educação, por meio de ações educativas em todos os níveis da formação escolar, incentivar a tolerância social entre todos os indivíduos. Isso pode ocorrer por meio de palestras que discutam o tema e produzam debates acerca da interação social de indivíduos com pensamentos díspares. Por fim, será objetivada a redução da ignorância cultural e incentivará a tolerância no meio social, promovendo-se um país mais tolerante e unido.