Segundo Lavoisier, pai da química moderna, “na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Já na contramão desse pensamento, não há criação, mas a perda da educação e do respeito. Perda essa que tem se transformado nos efeitos das bolhas sociais, no Brasil contemporâneo, como preconceito e desigualdade. Primeiramente, causada pela desigualdade enraizara desde o Brasil colônia – quando era levada em consideração a superioridade da raça branca-, a bolha social é a segregação de pessoas, por conta da classe social, renda, gênero, religião ou etnia as quais pertencem. Além de responsável pelo isolamento entre as pessoas, esse período histórico reflete, nos dias atuais, consequências execráveis do egocentrismo. Ademais, além da história, a problemática é intensificada pelo avanço dos meios de comunicação, principalmente das redes sociais, tendo em vista que com a chegada da tecnologia as pessoas têm se isolado e se conectado cada vez mais. Igualmente, as bolhas sociais desencadeiam consequências, como a intolerância atrelada à desigualdade, haja vista que as pessoas possuem menor tempo de contato umas com as outras, em decorrência da sociedade imediatista na qual vivem, estando acostumadas apenas com o seu pequeno círculo de convivência. Em virtude disso, quando aquelas pessoas saem da própria redoma de convívio e encontram indivíduos com valores, hábitos e pensamentos diferentes dos próprios, elas sentem-se intrigadas com a diversidade ideológica, desferindo ódio, por intermédio de palavras e agressões físicas, gerando a homofobia, a xenofobia e o etnocentrismo, para uma possível repreensão. Dessa maneira, o preconceito e a cólera são propagados a outrem pelo fato de esses não pertencerem ou discordarem dos princípios da bolha social que várias pessoas nutrem no íntimo do próprio egocentrismo. Dessa forma, é preciso que haja intervenção, por parte do Estado, para amenizar as consequências dessa problemática deplorável que é causada pela perda do respeito. Desse modo, o Ministério da Mídia e Tecnologia deve, portanto, criar propagandas que disseminem a importância do respeito às diversidades ideológicas que existem fora da bolha que cada pessoa, ou a maior parte delas, está inserida. Essa intervenção deve se dar com o referido Ministério em parceria com os veículos de comunicação e as redes sociais, por meio da criação de conteúdos programáticos que abordem as vastas maneiras saudáveis de posicionamento e atitudes entre as diversas classes de pessoas, a fim de frear a segregação intensificada pelos meios eletrônicos e fazer com que a perda da educação e do respeito não mais aconteça e, com isso, transformar a sociedade brasileira contemporânea em uma natureza sem perdas, conforme o pensamento de Lavoisier.