Acerca da temática das bolhas sociais, é interessante imaginar a sociedade distribuida em caixas estremamente padronizadas e que contêm um pequeno universo, vasto de ideias, gostos e opiniões também padronizados dentro de si. Pensamos e agimos de uma determinada forma e por isso, naturalmente, somos parte de uma dessas caixas, entretanto, temos cada vez menos liberdade para transitar por esses distintos mundos. Isso se dá, em parte, graças aos significantes avanços tecnológicos que parecem trabalhar em favor do isolamento naturalmente almejado pelo homem. Esse distanciamento do desconhecido é praticamente instintivo e certamente foi muito útil para os primeiras sociedades as quais temiam tudo que era novo, contudo é claro que tal afastamento não se faz necessário no mundo contemporâneo. Quando nos aprofundamos na problemática, faz-se perceptível a ideia de que o isolamento gera a ignorância, esse fato torna-se menos abstrato quando notamos que quando não se tem contato com o estranho, dificilmente é deselvolvida a tolerância e até mesmo a empatia, portanto é indiscutível que a sensação de comodidade criada por estas bolhas só encoberta seu potencial alienante. Sabe-se qe as redes sociais que poderiam ser ponte para o contato com a diversidade, vêm obrigando as pessoas, que muitas vezes sequer têm ciência disto, a se manterem em suas zonas de conforto, zonas estas que contêm e sempre vão conter os mesmos tópicos e as mesmas opiniões sobre estes. É importante ter em mente que as pessoas estão em constante evolução, tal processo é um caminho retilíneo e de direção única, logo quando preso a esta bolha dita social, o indivíduo tende a viver um ciclo, isto é, viver uma repetição eterna. Sendo assim, é necessário investimentos da parte do governo, em meios que alertem as pessoas, como campanhas publicitárias por exemplo, buscar pelas notícias e não apenas "engolir" as que o Google sugere já é um passo contra a alienação. É também de grande importância perceber o quão invasivas as empresas em questão são com relação ao seu público alvo, dito isso, é dever dos poderes legislativo e executivo criar e executar leis que ao menos limitem o acesso das redes às informações pessoais dos usuários ou que impessam a criação destes métodos de isolamento, pois só assim será possível combater este mal.