Na obra ficcional do escritor Thomas More, A Utopia, é evidenciado como os habitantes da ilha pensam viver bem, mesmo isolados do restante do mundo. Analogamente, tal quais os cidadãos de Utopia, brasileiros que se fecham em suas bolhas sociais veem uma realidade que só esse ambiente hermeticamente fechado da bolha mostra, portanto, isolam-se do resto do mundo e amentam seus preconceitos. Logo, por esses motivos, os problemas das bolhas sociais dos brasileiros precisam ser resolvidos. Haja vista que, para o filósofo P. Freire, qualquer tipo de ação que impeça o exercício da autonomia do indivíduo, levando ao imobilismo e à falta de liberdade de expressão, é um ato de opressão. Assim, os brasileiros que se tornaram preconceituosos em virtude das bolhas, ao defrontarem-se com eventos que ferem seus ideais e cosmovisão, tentarão reprimir tais eventos. Como o boicote sofrido pela exposição das obras artísticas do “Queermuseu”. Outrossim, as consequências das bolhas, além de atrapalharem a liberdade de expressão, podem atrasar o avanço científico. Igualmente ao ocorrido com o Instituto Royal, que na incapacidade de aceitarem a importância dos testes em animais, ativistas invadiram o local e roubaram as cobaias, cachorros “Beagles”, dando fim às diversas pesquisas. Destarte, a fim de combater as bolhas sociais no Brasil e suas consequências, medidas precisam ser tomadas. Nesse sentido, faz-se mister a criação de aulas e palestras para o público geral, em escolas públicas e privadas, com o intuito de conscientizar os brasileiros dos riscos que as bolhas podem trazer e como elas distorcem a realidade de quem vive nelas, tornando-os mais resistentes às bolhas sociais. Essas palestras e aulas podem ser propostas pelo Ministério da Educação. Dessa maneira, os brasileiros ficarão mais receptíveis às novas ideias e não se tornarão habitantes da própria utopia.