A formação de bolhas sociais no Brasil O surgimento da internet após a Revolução Industrial permitiu a comunicação rápida e eficiente entre os usuários. Por outro lado, o isolamento virtual de grupos estimula a intolerância nas redes sociais. Todavia, o respeito a diversidade de opiniões é algo inerente a uma sociedade democrática. Para Aristóteles, o ser humano é um animal social. Porém, os indivíduos tendem a se relacionar com outros de pensamentos semelhantes. Destarte, as redes sociais usam algoritmos para selecionar pessoas e conteúdos baseados nas informações do perfil de cada indivíduo. Dessa forma, ocorre a formação de grupos sociais com o mesmo perfil ideológico. Nesse sentido, o indivíduo convive apenas com pessoas que compartilham ideias semelhantes, o que dificulta a aceitação com naturalidade do contraditório. Por outro lado, o debate de temas contravérsios fazem parte de uma democracia. Não obstante, o isolamento inibe o debate de temas que envolvem o convívio social. Por consequência, casos de intolerância propagam pelo não conhecimento e não aceitação do divergente. Na UFPE, militantes de esquerda e eleitores de Bolsonaro entraram em conflito em razão de diferenças ideológicas. Dessa maneira, é necessário meios que permitam o debate "saudável" entre a sociedade. Percebe-se, portanto, que as bolhas virtuais são prejudiciais tanto ao indivíduo quanto a democracia. Por isso, as empresas de comunicação como Google e Facebook podem fazer campanhas que exponha para o usuário sobre a necessidade de respeito sobre aquilo que não concorda, a partir de avisos, vídeos e imagens que fiquem visíveis quando é feito o acesso à rede social. Além disso, essas organizações podem sugerir perfis e páginas que diferentes de ideias diferentes do círculo social do indivíduo, para que tenha acesso a outros pontos vistas a respeito do que pensa. Somente dessa maneira o ambiente virtual será mais tolerante.