O Estado Federal assegura, na constituição de 1988, a todos os indivíduos o direito à integridade física e moral. Entretanto, quando analisada a atual conjuntura das bolhas sociais no Brasil, é nítido que esse direito não está realmente sendo concretizado. Dessa forma,algumas consequências desse contexto precisam ser analisadas,tais como a intolerância no cenário virtual e o aumento do bullying,sendo esses fatores considerados como um contraponto ao direito na constituição de 88. Em primeira análise, é necessário discutir como a intolerância no meio virtual está relacionada como uma das consequências das bolhas sociais no Brasil contemporâneo. Nesse Contexto, tendo em vista que as bolhas sociais são constituídas por pessoas com diretrizes semelhantes já predefinidos, como idéias,conceitos e opiniões,o círculo social acaba por perpetuar a intolerância nos meios sociais,já que essas pessoas não conseguem lidar com o contraditório e aceitar opiniões diferentes das suas.Logo,é comum ver nas redes sociais,como o Facebook, ataques de ódio contra alguns indivíduos,seja por times de futebol contrários ou até mesmo por religiões diferentes ,fato esse comprovado em 2015,no qual a ONG SaferNet Brasil,dedicada à defesa dos direitos humanos na internet,recebeu 3.636 denuncias relativas a intolerância religiosa no meio digital.Portanto, fica claro que essa situação contribui para afirmar o conceito do Darwinismo Social, visto que as partes que praticam a intolerância se considerem superiores as outras e ,assim,acabam por perpetuar seus preconceitos e ideologias. Ademais,o crescimento dos casos de bullying é outro fator que deve ser considerado.Dessa maneira,como já citado, por as bolhas serem consideradas exclusivas de determinados princípios, muitos indivíduos incorporam essas diretrizes como únicas e verdadeiras, disseminando seu ódio,seja no meio virtual ou físico,esse ultimo com maior relevância nas escolas.Desse modo,essas pessoas podem,por meio de agressões físicas e verbais , além de impor as suas idéias e conceitos de modo autoritário contra outros colegas,desrespeitar àqueles que são contrários aos seus princípios,acarretando,assim,um meio violento e confirmando a ideia de que o a violência,como já dizia o filósofo francês Jean Paul Sartre,seja qual for a maneira que ela se manifesta, é sempre uma derrota.Em conclusão, fica claro que o que foi abordado contribuí para a não concretização do direito da constituição,sendo necessário,assim,medidas para resolver o impasse. Destarte,cabe ao Governo Federal,juntamente com as ONG’S, a criação de uma lei específica que criminaliza, a partir de penas severas,aos disseminadores de ódio,seja por meio de comentários, conteúdos e fotos,no âmbito virtual,com intuito de evitar que a intolerância e o preconceito sejam disseminados e interfiram na integridade moral dos indivíduos afetados.Outrossim,o Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Família,deve alertar os indivíduos do perigo que as bolhas sociais,principalmente nas escolas, quando disseminadoras de violência,possuem para aumentar o bullying e ferir integralmente e psicologicamente algum cidadão,podendo ser concretizado por meio de palestras e debates nas academias escolares,instituições hospitalares e centros educativos,com a presença de profissionais que entendem do assunto,como professores e palestrantes.Nessa perspectiva ,tal ato deverá ser feito a partir de subsídios oriundos do dinheiro público do Governo , a fim de conscientizar a população sobre os malefícios advindos das bolhas sociais.Por Fim,os índices de intolerância religiosa no meio virtual,como exemplo já citado, e a pratica do bullying irão diminuir gradativamente no país.