O fenômeno da Globalização instalou, entre outros eventos, a era da informação, inserindo na sociedade diversos meios de comunicação que veiculam todo e qualquer tipo de mensagem ou opinião para aquele que está disposto a acompanhar. Entretanto, tal evento passou a apresentar um grande problema ao restringir as relações sociais humanas e absorção de opiniões diferentes, retirando um pouco daquele caráter social que o homem possui, definindo-o de acordo com os ambientes em que ele se enquadra. Para Aristóteles, o homem é um animal social e político, integrando-se, dessa forma, na sociedade e exercendo determinados papeis sociais que evidenciam essa sua natureza participativa. Entretanto, conforme afirmado pelo sociólogo francês, Émile Durkheim, “o meio social determina a conduta do indivíduo”, retificando, dessa forma, o primeiro pensamento abordado, visto que, à medida que o ser humano restringe-se a determinados grupos, o seu caráter social participativo diminui, sendo, portanto, afetado apenas pelos indivíduos dos meios que se relaciona. Diante disso, observa-se que o homem possui uma tendência natural de inserir-se em âmbitos com princípios que assemelham-se aos seus, deixando de expandir as suas faculdades mentais e sociais, no que diz respeito as opiniões contrárias ou relações diferentes das que já mantém. Além disso, faz-se importante citar que esse fenômeno caracteriza-se pelo surgimento de determinadas bolhas sociais, enunciadas como um grupo de indivíduos que apresentam a mesma, ou abordam semelhanças, em suas convicções. Dessa forma, limitando-se vínculos e expressões de pensamentos diferentes das quais já enraizaram-se na sociedade, há, atualmente, uma falta enorme de empatia para se lidar com indivíduos de culturas e princípios distintos, havendo, consequentemente, uma exorbitante quantidade de julgamentos e princípios que carregam um teor puramente preconceituoso e disseminadores de hostilidade. É indubitável que o homem, atualmente, apesar de viver em uma sociedade formada por um conjunto de indivíduos, não dimensiona todos esses, conforme pensou Aristóteles. Por conseguinte, cabe ao Ministério da Educação instaurar nas escolas, seminários e palestras, ministradas por educadores, que discutam o conceito de empatia e intolerância, bem como, a melhor maneira de usufruir das redes sociais para crescimento pessoal, debatendo a importância de se ter conhecimento de opiniões diferentes, educando as mais novas gerações para a construção de uma sociedade muito mais respeitosa e tolerante.