Muito tem se discutido sobre as bolhas sociais no Brasil, mas não é de hoje que esse fenômeno traz prejuízo a população e seus membros. A exemplo disso, o período regencial contava com 3 partidos: os moderados, exaltados e restauradores. Os dois primeiros, liberais e o último conservador. A falta de debate entre os liberais impediu que esses unissem forças em prol de um objetivo comum, levando ambos a perda de seus poderes políticos. Os acontecimentos mencionados poderiam ter sido evitados, uma vez que o sociólogo alemão Habermas propõe que o debate é a única maneira de duas partes chegarem a um consenso. Embora tal disputa tenha tomado parte há duzentos anos atrás, ela não poderia ser mais atual, visto que suas causas, consequências e prováveis soluções são repetidas em diferentes contextos em razão das bolhas sociais. Dessa forma, esse fenômeno também abre caminho ao preconceito e a intolerância, visto que é um desserviço a representatividade e a diversidade, já que limita o conhecimento do indivíduo ao "interior" dessa bolha. O conhecimento, segundo o filósofo John Locke, provém da experiência, logo, a ausência de novas experiências, consequência da zona de conforto ocasionada pela existência da bolha social ocasiona o isolamento relativo do ser, impedindo-o, até certo ponto, de ser conscientizado a respeito das inúmeras diferenças. Finalmente, o Governo Federal deve atuar através do Ministério de Educação e promover palestras e debates a escolas e outros ambientes culturais em âmbito nacional, a fim de disseminar o respeito a diversidade e assim, gradativamente, eliminar as bolhas sociais.