A terceira revolução industrial encurtou distâncias e possibilitou maior troca de informações numa velocidade nunca antes vista, entretanto as pessoas estão cada vez mais isoladas em bolhas sociais. Apesar da informação se encontrar disponível em um click, as pessoas vêm buscando o conforto do que lhe é agradável. A primeira Lei newtoniana já descreve bem isso, um corpo tende a permanecer em estado natural quando nenhuma força atua sobre ele. O problema é quando esse estado é contrário a toda e qualquer ideia alheia a ele. Em primeiro lugar, é importante frisar que as bolhas sociais sempre existiram. O homem é um ser social, como afirmou Aristóteles, mas sempre buscou estar próximo ao seu semelhante, de pensamentos e hábitos. Todavia, com a explosão das redes sociais, o homem teve maior acesso a demonstração de seu pensamento e a informação de outros. Alguns grupos mais radicais se utilizam desse meio para disseminar seus ideais e converter seguidores. Como ressalta o Escritor Humberto Eco “ a internet deu voz aos idiotas”. O anonimato e a ampla divulgação são poderosas armas para eles, que se tornam cada vez maiores e mais extremistas. Além disso, as próprias redes sociais incentivam a formação de pessoas com um pensamento pouco holístico. Por exemplo, o Youtube que é a rede social mais assistida no Brasil, segundo a Global Web Index. Tende a sugerir conteúdos semelhante ao que o usuário vem visualizando nos últimos dias. Esse bombardeamento de vídeos de mesmo gênero, auxilia a formação do usuário e que pode ainda acabar trazendo como verdade, alguns conteúdos de característica duvidosa, tendo em vista que, esse dificilmente passa por alguma verificação. Desse modo, a formação de grupos intolerantes vem se tornando cada vez mais comum em nossa sociedade. O Estado deve conter esse avanço, mudando as ementas das disciplinas de sociologia e filosofia, para abordar assuntos atuais, tal como esse, alertando para as armadilhas que o mundo globalizado produz. E deve ainda criar mais bibliotecas e incentivar a leitura por meio de campanhas educativas. Para dessa forma criar pessoas críticas e bem informadas, que saibam distinguir e tolerar as diferenças sociais.