Desde os primórdios da espécie humana, indivíduos têm absorvido diferentes características, sejam elas físicas ou morais. Com isso, formaram-se povos diversificados que, em alguns casos, eram separados de outros por questões geográficas. Atualmente, essa limitação deixou de ser um empecilho para a comunicação por meio do avanço da internet. Porém, por mais que haja avanço, características intrínsecas ao ser humano, às vezes, impedem um bom convívio entre pessoas. Evidentemente, o homem possui relações sociais desde sua gênese. Nessa perspectiva, grupos foram criados, os quais desenvolveram percepções díspares da realidade. Essa divergência de noções formou bolhas sociais, relações restritas à semelhança que acompanham a história da humanidade. Dessa forma, mesmo com a diminuição de barreiras físicas, o homem do século XXI segue limitado, já que a tecnologia atual preza pelo controle dos gostos pessoais dos usuários. Por conseguinte, indivíduos são mantidos na alienação, a qual gera intolerância. Dessa maneira, com o desconhecimento da diversidade de costumes e características humanas, além da acomodação diante disso, as relações interpessoais tornam-se perigosas. No Brasil, país de projeção continental, por exemplo, há constante discriminação. Sotaques, dialetos, vestimentas, qualquer originalidade causa estranhamento. Nessa situação, até a preferência por algum candidato em eleições presidenciais causa aversão. Assim, relações são partidas e o desrespeito é instaurado. Em suma, bolhas sociais existem desde o início da humanidade. Contudo, após o avanço tecnológico, houve a quebra de limites geográficos na comunicação, o que intensificou o contato com dissemelhantes, gerando maior incidência de intolerância em países como o Brasil, especialmente diante de escolhas diferentes. Portanto, bolhas sociais são prejudiciais para a diversidade, mas sempre existirão. Resta que haja, pelo menos, a aceitação das divergências na internet.