Observa-se, na Grécia Antiga, que o filósofo Sócrates induzia, na Ágora, as pessoas a buscar o conhecimento. No entanto, no Brasil contemporâneo, os seres humanos vivem em bolhas sociais, posto que convivem em grupos específicos e compartilham de ideologias semelhantes. Cabe ressaltar que, com o advento da Globalização e da Internet, as pessoas passaram se relacionar com indivíduos de todas as partes do mundo, mas distanciaram-se daqueles que os cercam. Dessa forma, percebe-se que no facebook, instagram e até mesmo no google as pessoas seguem amigos e compartilham informações que sejam compatíveis com seus pensamentos e limitam-se à determinada bolha social. Outrossim, as pessoas não buscam a veracidade daquilo que compartilham, desde que esteja dentro das ideologias estabelecida por aquele grupo. Desse modo, distanciam-se de todas as pessoas que pensam de maneira diferente, o que dificulta a busca pelo conhecimento. Nesse sentido, conforme a filosofia de Sócrates, são os pensamentos contrários que induzem os debates e através deles que surgem as novas formas de ver o mundo, ou seja, esses isolamentos causados pelas bolhas sociais trazem prejuízo ao desenvolvimento da ciência e da sociedade. Entende-se, portanto, a necessidade de combater as bolhas sociais. Logo, é dever do Ministério das Comunicações (MCTIC), juntamente com o MEC, ampliar a visão dos internautas e da sociedade, por meio de informações das diversas áreas do conhecimento e de palestras nas escolas e comunidades, as quais fomentem a importância de conviver com as diversidades socioculturais, a fim de acabar com a ideia de que só vale a pena conviver com quem compartilha das mesmas ideologias. Com isso, a exclusão promovida pelas bolhas sociais perpassará pela inclusão e construção de uma sociedade mais democrática.