O ser humano por ser naturalizado social, indispensavelmente, precisa de atenção. A chegada das redes sociais facilitou esse propósito. Contudo, a avalanche de conexões entre as pessoas no mundo moderno desencadeou uma discussão ainda recente, mas muito preocupante: a falta de manuseio e consciência para com o uso dos meios comunicativos. É inadmissível posicionar-se indiferentemente o quanto a sua má utilização pode alastrar problemas com a auto estima, dependências de opiniões externas para auto aceitação e até prejuízos nas suas vidas reais. Deixando assim, as pessoas cada vez mais vulneráveis individualmente e socialmente. Sentir-se bem virou sinônimo de quantos likes tem a foto postada no Facebook, quantos comentários levou o status da última postagem ou quantos seguidores têm no Instagram. Essa precisão em ser aceito dentro do mundo virtual, ou não, põe em dúvida a independência do indivíduo, se realmente é dono de si. Essa importância com a aprovação ou reprovação de outrem, na maioria, desconhecidos provoca certa intimidação para a exposição em sua integridade- a real. Escondidos atrás das telas onlines, os usuários podem ser quem quiserem e cria-se uma banal ilusão de vida "perfeita" em um mundo tão subjetivo escondendo suas verdadeiras personalidades. Preencher esse devaneio é ratificar o vazio existente em si próprio. O espaço virtual é minimamente expresso pelos fazeres ou perfis. O fator valorizado é a representação para o mundo. Como tal usuário é visto, aceito, glamurado, "melhor" em tudo vivido e compartilhado. Quando isso não acontece, afeta diretamente a sua percepção de importância em relação à sociedade. Passa a se sentir insignificante, triste, deprimido. Por conseguinte, prejudica a sua vida verdadeira dentro do trabalho, em relacionamentos pessoais e na integridade física e mental. Isso propaga a facilidade essencial dos seres humanos: as relações sociais. É perceptível e urgente um controle para com os meios comunicativos. As conexões têm de existir primordialmente na realidade. Consciência plena de amor próprio para que não haja necessidade de auto afirmação em outros lugares. Campanhas enfatizadoras das consequências do excesso da auto exposição. Ainda mais, apoio em centros psicológicos às pessoas carentes e com problemas de auto estimas. Por fim, uma harmonia do "estar" nas redes e do "ser" quem verdadeiramente "é".