Já faz parte da rotina dos brasileiros, principalmente dos jovens, acessar e atualizar seus perfis das diversas redes sociais. Segundo pesquisa do IBOPE, em 2014 o Brasil liderava o ranking de acesso às redes sociais, como: facebook, whatsapp, twitter, entre outros. Houve uma substituição do diário convencional pela rede social, onde são compartilhados sentimentos, confidências e intimidades. Há, no entanto, um impasse acerca dos conteúdos compartilhados e seus limites, pois perde-se o controle do alcance de tais compartilhamentos. A quantidade de “likes” passou a ser proporcional a autoestima do usuário, onde busca-se, freneticamente, por amigos virtuais e formas de obter maior número de “curtidas”, tornando-se assim uma pessoa popular na rede, mas muitas vezes não tão adorada em sua vida real. Nessa busca implacável, “jogam” na rede fotos, vídeos e mensagens inadequadas que, no primeiro momento, para o usuário, é algo natural, mas que podem retornar de forma negativa. Frequentemente são repassados conteúdos íntimos, vulgares e constrangedores que no princípio pode ter surgido como algo espontâneo, seja através de uma foto enviada ao namorado ou até mesmo um vídeo durante uma comemoração, mas a partir do momento que entram na rede tende-se a espalhar rapidamente, sem filtrar usuários ou medir consequências. São nesses episódios que surgem constrangimentos, tristezas e até mesmo depressão, quando o usuário vê sua vida superexposta por pessoas que muitas vezes nem conhece. Os apontamentos acima evidenciam a necessidade de que sejam tomadas medidas a fim de conscientizar a população sobre a gravidade da superexposição nas redes sociais. O governo deve, através de campanhas educativas dentro das escolas, orientar e alertar os usuários e os pais acerca dos riscos, consequências e limites da rede, enfatizando a importância do monitoramento dos responsáveis dentro do ambiente familiar. Deve-se ainda utilizar da própria rede social para estender essas campanhas, provocando uma reflexão ao usuário no momento da publicação.