Título da redação:

FUTILIDADE DE RISCO

Tema de redação: As consequências da superexposição nas redes sociais

Redação enviada em 23/05/2016

Desde a fase da barbárie, na pré-história, o homem busca ser aceito e inserido na sociedade. Hoje, o ser humano encontra certa dificuldade em integrar-se, justamente pelo individualismo semeado pelo renascimento, que está sendo contornado graças à facilidade que se tem de desenvolver o ego em um mundo virtual. Mas tal facilidade pode trazer consigo certas adversidades. A superexposição nas redes sociais abrange sempre o melhor de cada indivíduo, as melhores fotos e os melhores textos são “selecionados a dedo” para virem a público, sendo através desses que se conseguirá uma maior aceitação na sociedade e um enriquecimento maior do ego. Hoje, o ser humano tem a oportunidade de ascender socialmente através de maquiagens criadas, objetivando-se por mostrar parte de si que existe apenas em um mundo virtual, enaltecendo a futilidade e esquecendo o mais primordial: a personalidade. De certo modo, o homem atual está em vantagem em relação ao homem das primeiras sociedades na Suméria, pois hoje têm-se a oportunidade de criar algo que não é, expondo-a como verdade, e a partir desta, ganhar mérito, reconhecimento e admiração. Tal exposição exacerbada poderá favorecer aqueles que de alguma maneira querem tirar vantagem, como por exemplo, ao ser revelado nas redes sociais o endereço de sua residência, detalhando sua rotina, e indicando, mesmo que implicitamente, quando sua casa estará vazia, dando margem a qualquer tipo de intenção. Ameaças, furtos e até mesmo sequestros são cada vez mais bem sucedidos graças às informações passadas pela própria vítima, através das redes sociais. Mas até que ponto a necessidade de exposição e da aceitação da sociedade está à priori da segurança individual? Portanto, fica evidente que a necessidade fútil de expor algo apenas para enaltecer o ego, contrapõe-se ao perigo que se pode correr ao expor sua vida a pessoas erradas. O perigo de haver pessoas mal intencionadas deve ser exposto em grandes meio de comunicação, como em novelas, por exemplo, no qual tem o poder de ditar modas e tendências, sendo também alertado através de panfletos disponibilizados pelo governo, expondo sempre os telefones da Polícia Civil e Militar. A personalidade única do ser deve ser enaltecida, desde a fase escolar, por professores e livros didáticos, enraizando tal cultura ainda jovem, revelando que o indivíduo deverá ser aceito pela sua essência, não por mascaras e fantasias criadas.