As transformações sociais e comportamentais da Era pós-moderna têm se tornado cada vez mais evidentes com o passar dos anos. Os conceitos de comunidade e laços humanos têm se deturpado gradativamente, e muito se dá por conta das redes sociais. Fazer uma nova amizade ou aderir a uma nova comunidade são tarefas de não mais que dois cliques em uma rede social. Segundo o filósofo contemporâneo, Zygman Bauman, essa facilidade de interação – ou de não interação –, é o grande atrativo desse tipo de rede: adicionar um novo amigo ou comunidade não significa, necessariamente, conhecer verdadeiramente uma pessoa ou ter hábitos comuns a um grupo. Esse tipo de relacionamento superficial, em que se acumulam amigos desconhecidos e hábitos aparentes, enfraquece a habilidade de interação real, fragilizando os laços interpessoais. Em contrapartida, as redes sociais têm o potencial de serem ótimas facilitadoras de relacionamentos humanos, se usada corretamente. Nelas há a oportunidade de contato com pessoas e culturas distantes, o que instiga a aceitação e o bom convívio. Contudo, a socialização descontrolada por via das redes, pode expor seus usuários de modo excessivo, uma vez que dá acesso a 'estranhos', informações cotidianas. Logo, cabe ao usuário à conscientização do uso moderado e cuidadoso das redes, através do estabelecimento de filtros de privacidade de suas atividades as suas conexões. E também ao governo, por meio de revitalizações e criações de novos espaços públicos dedicados ao lazer, incentivar os cidadãos a estabelecer mais conexões humanas para a verdadeira rede social, a vida.