Em meio a tantas redes sociais, os compartilhamentos de momentos especiais tornaram-se um mérito e uma rotina de muitas pessoas. Sobretudo, muitos, perderam a consciência e o senso crítico, com relação a como, quando e para quem enviar e expor em redes sociais. Com isso, a superexposição vem sendo palco de difamações, problemas psicológicos e exclusão social diante da sociedade. Há quem diga que vivemos em um reality show da vida, todos os momentos, conquistas e amizades são compartilhadas publicamente, em redes sociais, tornando aquilo que era privado em público. Paralelo a isso, não se pode negar que os relacionamentos íntimos, também, entram para a lista de exposições comuns, em meio público. Recentemente, acompanhamos o caso da modelo Fernanda Lacerda, a qual teve o celular furtado e compartilharam suas fotos íntimas de seu relacionamento, em redes sociais. Neste aspecto, podemos concluir que ter consciência na hora do “flash” é primordial para que possa evitar as difamações vias internet. Paralelamente, a busca pela popularidade, pelas “curtidas”, tornam indivíduos capazes de se exporem da maneira mais atrativa possível, sejam elas fotos nuas, fotos com famosos, vídeos de autoajuda e, principalmente, expondo marcas de roupas e sapatos de luxo. Assim como blogueiras e pessoas comuns que arriscam suas vidas se expondo ou ensinando coisas sem estudos e qualificações profissionais. Sendo assim, nota-se uma massificação de cultura, já afirmado na escola de Frankfurt, em que as pessoas estão sendo produtos – objetos- de lucros e conquistas, totalmente isentas da consciência do problemas e transtornos psicológicos. Por consequente, os danos, muitas vezes são irreparáveis e variam no nível emocional atingidos pelos indivíduos. Com as exposições e vazamentos de fotos íntimas, torna uma tarefa árdua de convivência para muitas meninas, assim como foi o caso da adolescente que se matou após a humilhação diante de suas fotos vazadas. Sem dúvidas, os danos geram uma vergonha alheia e podem levar a perda de esperanças e de convivência pelas vítimas. Fica claro, portanto, que para tentar evitar o problema das exposições sociais, a participação das escolas é essencial para desenvolver o senso crítico, desde cedo, no Ensino Fundamental 1. Isso se daria através da inserção de aulas de filosofia e sociologia, para desenvolver a capacidade de senso crítico e de discernimento, nos alunos, a fim de não tornarem vulneráveis aos ataques de anseios expositivos. Somente assim, com esses primeiros passos, conseguiremos formar indivíduos conscientes de suas exposições.