Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos e a URSS se enfrentaram em conflitos ideológicos: Visando fortalecer os seus respectivos polos, foram travadas corridas armamentistas e tecnológicas. No campo da tecnologia, destaca-se a criação da “intranet” – o embrião daquilo que um dia tornaria-se a internet que utilizamos hoje. Tal avanço possibilitou, anos mais tarde, a intensificação do processo conhecido como Globalização, pois, permitiu o surgimento de inúmeras redes sociais. Porém, na atualidade, as redes sociais tem demonstrado a sua face mais perversa: a superexposição nelas tem prejudicado o emocional dos internautas e, além disso, tem feito o número o número de crimes virtuais crescer. Em primeiro lugar, deve-se analisar o aumento da dependência por atenção. Os usuários da internet, muitos em situação de carência e buscando novas relações, veem as redes sociais como solução para preencher esse vazio. Inseridos nesse novo mundo virtual, eles recebem o apreço que almejavam, pois, as redes estão saturadas de internautas que buscam a atenção por meio da reciprocidade. Entretanto, aquilo que parecia ser benéfico, torna-se um ciclo vicioso: segundo a psicóloga Zúñiga, o apoio conquistado nas redes passa a alimentar um vício por atenção, que só tende a crescer exponencialmente. Contudo, quando não recebem aquilo que necessitavam, eles passam a se expor na internet buscando alguém que os faça se sentir importantes. Da mesma maneira que o virtual pode trazer abalos emocionais, é importante analisar que as consequências econômicas atreladas a superexposição nelas. Por se tratar de um mecanismo de comunicação novo, poucos sabem que as informações nelas inseridas não poderão ser apagadas, e, devido a essa ignorância, colocam em evidência informações pessoais que deveriam ser sigilosas. Assim como o físico Newton disse em sua 3ª lei que, para cada ação, existe uma reação de mesmo módulo e no sentido oposto, a exposição exacerbada na rede gera um fácil acesso à privacidade daqueles que não souberam utilizar a ferramenta de maneira correta e, portanto, tornam-se mais vulneráveis a terem suas contas bancárias, por exemplo, roubadas. Uma prova disso pode ser observada no Brasil, onde várias escolas do Estado de São Paulo têm buscado educar seus alunos a usarem a internet sem sofrerem os riscos provenientes do seu mal uso. Fica evidente, portanto, que a superexposição nas redes sociais está ligada ao emocional e ao bolso do seu usuário. Cabe ao Governo ensinar a sua população as regras básicas para que haja, sem transtornos, o bom uso das novas plataformas de relacionamento online: isso poderá ser feito através de cursos gratuitos em escolas públicas e privadas. Já a mídia deverá usar as próprias redes sociais para divulgar esses cursos fornecidos pelo Estado. Quanto a sociedade, essa deve incentivar os indivíduos, que já possuem cuidados na internet, a ajudarem seus colegas desinformados