Com o advento das redes sociais no século XXI, a possibilidade de conhecer novas pessoas e fazer amizades cresceu, principalmente entre os jovens, substancialmente. Todavia, esses mesmos laços afetivos, por serem menos efetivos, necessitam de um esforço constante para se consolidar. Isso, em muitos casos, pode levar a uma exposição excessiva e prejudicial. Tendo em vista a efemeridade das relações na modernidade, pode-se entender boa parte dos fenômenos interpessoais nas redes sociais. O filósofo Zygmunt Bauman, ao descrever a contemporaneidade, definiu-a como a era das relações líquidas, ou seja, hoje, mais do que em outras épocas, as relações, principalmente graças às redes sociais, estão se pautando cada vez mais em valores superficiais. Assim, a aparência, e não a essência dos indivíduos está se valorizando. Desse modo, fotos superexpositivas e demonstrações exageradas de simpatia e boa disposição divulgadas nos meios sociais se mostram como um reflexo desta época. Dessa forma, não raramente, pode-se notar as consequências dessa exposição. Todos os dias, pessoas têm a vida arruinada ao terem sua intimidade exposta para um número exagerado de pessoas. Isso muitas vezes ocorre pois, essas pessoas, por terem nascido na " era da exposição" e estarem acostumadas a essa, compartilham fotos ou documentos íntimos, sem calcular as possíveis consequências desses atos. Diante do exposto, é evidente que a população precisa ser informada a respeito dos riscos associados às redes sociais. Para isso, é imprescindível que o MEC estabeleça a obrigatoriedade de se tratar desse assunto em aulas de sociologia e história, visando uma ampla conscientização da população. É importante também que ONG's ligadas à proteção da imagem veiculem propagadas que demonstrem a importância de se ter discrição nos meios virtuais. Assim, um primeiro passo estará sendo dado rumo ao respeito à privacidade na internet.