Título da redação:

Dos crimes as doenças: Qual o limite da superexposição na internet?

Tema de redação: As consequências da superexposição nas redes sociais

Redação enviada em 11/05/2016

Há algum tempo, como é relatado em filmes épicos dos anos 80, sequestros e outros crimes eram planejados por grandes mentes criminosas, que roubavam documentos e informações para efetuar seus golpes. Hoje, a internet serve como um facilitador para essas gangues, e o seu uso da forma errada funciona como um grande banco de dados com informações que podem ser aproveitada por eles. O usuário que divulga informações pessoais ou de terceiros, coloca em xeque as suas integridades, visto que qualquer um pode saber de sua rotina ou ter acesso a informações que podem auxiliar quadrilhas na elaboração de um sequestro, por exemplo. Deve-se levar em conta também que hoje a internet está em mais de 90% das residências brasileiras. Boa parte desses usuários busca encontrar um apoio psicológico nas redes sociais, principalmente por não o terem fora delas. O que acontece é que depois de algum tempo alicerçado nessa falsa sensação de correspondência, o usuário sente que aquele público não é mais suficiente para preencher seu vazio emocional, e então passa a se expor cada vez mais em busca de uma maior correspondência. O excesso de publicações de caráter pessoal pode ser um sinal da transcendência de um limite: o da sanidade. Assim como defendido pela psicóloga Katty Zuñiga, em entrevista ao Jornal da Orla, "as pessoas possuem uma tendência natural de se auto afirmar", e a internet é um meio muito propício para isso. Mas a partir de um momento em que esse comportamento mostra-se exagerado e frequente, deve ser levantada a hipótese de que a pessoa pode estar em um momento de fraqueza emocional, comportamento que pode levar ao desenvolvimento de uma Depressão. Esse conjunto de fatos nos permite notar o quão grande é o leque de problemas causados por este excesso de exposição nas redes e que o principal precursor deste problema é ausência de um código de conduta, que orientasse no uso correto e seguro da internet e que poderia ser ofertado pelo governo e implantado em parceira com as empresas de telecomunicação, para chegar aos adultos. E também ser abordado nas aulas de informática do Ensino Público e Privado, para chegar às crianças.