Ao longo do processo de encontrar novas formas de comunicação a sociedade já passou por vários avanços. Desde a invenção da escrita, passando pelo advento da prensa móvel de Gutenberg, pela criação da fotografia até a era digital. Tendo essa última forma se consolidado a partir da segunda guerra mundial com a eclosão da internet e por consequência houve a criação das mais diversas redes sociais. Com isso, surge a problemática da superexposição nas redes, da lógica na qual tudo tem que ser compartilhado e visto em um mundo virtual. É indubitável que a necessidade de aceitação esteja entre as causas do problema. De acordo com Zygmunt Bauman, a liquidez do mundo moderno faz com que os habitantes dessa atual modernidade, fujam dos problemas em vez de enfrentá-los e encontram esse meio ideal nas redes sociais. Os seres só se sentem seguros conectados a essa rede na qual se encerram em uma zona de conforto. A grande questão surge quando não ocorre a aceitação desejada. Por exemplo, o "dislike" no Facebook teve que sofrer um eufemismo, em vez de um sinal de negativo para um “emotion”. Outrossim, destaca-se a insegurança a maior consequência da superexposição. Atualmente, a vida das pessoas está cada vez mais interligada as redes sociais. Com o crescente aumento dessa transparência nas redes, há cada vez mais espertalhões tentando tirar proveito da situação para roubar algumas informações. A sensação de impunidade e a ilusão do anonimato são os principais fatores que encorajam golpistas e pessoas a serem violentas uma com as outras no mundo digital. Assim, estamos em rede, mas isolados dentro de uma estrutura que nos protege e ao mesmo tempo nos expõem. Entende-se, portanto, que em tempos líquidos, a crise de confiança e insegurança são consequências da superexposição no meio virtual. A fim de atenuar o problema, o Governo Federal deve promover a distribuição de cartilhas que instruíram a população a como usar as redes de forma benéfica. Nelas teriam instruções, por exemplo, de que tipo de informações não tem problema de se compartilhar nas redes. Aliado a um artifício de denuncia como o que já existe Humaniza Redes, para que se consiga de fato combater as organizações criminosas que atuam. Dessa forma, as pessoas não seriam mais peixes vulnerais e poderiam usufruir das redes sociais de uma forma saudável.