Título da redação:

As Vias do Real e Virtual

Tema de redação: As consequências da superexposição nas redes sociais

Redação enviada em 10/06/2016

A globalização trouxe a flexibilidade das trocas de informações. Da Rússia ao Brasil, não existe quilômetros de distância no meio cibernético, e as trocas de mensagens acontecem em um clique na tela de um celular. Dessa forma, essa agilidade instantânea tem o problema do indivíduo ter o poder em mãos de compartilhar aquilo que o convém sem ter em mente as consequências da superexposição, evidenciando a necessidade de um debate. Em primeiro plano, as redes sociais são centros de autoaceitação e egocentrismo. As vidas compartilhadas e curtidas, muitas das vezes, escondem os problemas psicológicos e o caráter individualista que perpassam sobre aquela foto alegre e sorridente. Há uma trivialidade na internet em que corpos sarados, lindos sorrisos, muitas curtidas e comentários alimentam seres que sofrem de vazios existenciais. Este perfil leva o cidadão a crer numa imagem enganada de si que só a enxerga nas redes sociais, acarretando um problema de identidade social. Ainda por cima, cresce exponencialmente os crimes cibernéticos de exposição ilegal. Pessoas que têm suas fotos íntimas postadas sofrem, constantemente, problemas psicológicos por passarem situações constrangedoras como essa. Os inúmeros casos de indivíduos, geralmente meninas, que têm a vida íntima exposta pelos namorados ou amigos são resultados da alta exposição na rede mundial. Casos como estes acontecem, também, com adultos e idosos, o acontecido com Stênio Garcia, há poucos meses atrás, que teve suas fotos íntimas com a sua mulher espalhadas, por exemplo. Por isso, faz-se necessário questionar a segurança e a privacidade que se tem na internet. Mediante ao que foi exposto, a sociedade está mostrando os pontos positivos e negativos das infovias. Em vista disso, o indivíduo precisa crias o hábito de autofiscalização para evitar que as redes de comunicação conduzam o seu humor e a sua autoestima, priorizando a sua vida real e não a cibernética. Além disso, o Conselho Tutelar deve amparar psicologicamente esses jovens que têm a vida pessoal espalhada na rede, bem como, o poder legislativo deve criar e/ou rever as leis de segurança e privacidade na internet. Dessa maneira, em médio ou longo prazo, as pessoas vão saber diferenciar o real do virtual.