Título da redação:

As Redes Sociais Como Formadora de Opinião e Agente Transformador

Tema de redação: As consequências da superexposição nas redes sociais

Redação enviada em 01/11/2017

As redes sociais estão presentes em nosso meio desde o momento em que o indivíduo estabelece comunicação com outrem, logo, a base da rede social está, intrinsecamente, correlacionada com a capacidade de comunicar-se. Dessa forma, contemporaneamente, com o advento das redes sociais digitais, além da grande ampliação no que se refere a velocidade de transmissão de informação, o poder de formar opinião e a capacidade de atuar como agente transformador aumentaram, exponencialmente. Portanto, cabe ao poder público em coadunação com as instituições de ensino e os recursos midiáticos desenvolver medidas para ampliar um uso consciente e adequado da “nova” tecnologia. A rede social é compreendida pela parcela majoritária da população como um mecanismo único e exclusivo para a comunicação entre os indivíduos. Contudo, poucas são as pessoas que possuem alguma perspectiva sobre a alta capacidade de construção ideológica das redes sociais, as quais englobam um grande contingente de pessoas e, por consequência, de opiniões. Sob a óptica do sociólogo, Zygmund Baumam, ademais, os vínculos sociais como um todo, na contemporaneidade, estão pautados na superficialidade das relações e através dessa visão ele desenvolveu a ideologia da “liquidez social”. Tendo em vista isso podemos, analogamente, correlacionar esse conceito com a capacidade de alienação das pessoas, uma vez que elas por, em sua maioria, não deter de uma construção consistente de conhecimento previu para decodificar e assimilar as informações acabam como vítimas desse grande mecanismo de formação de opinião. Outrossim, podemos destacar, também, como aspecto peculiar das redes sociais, a sua capacidade de atuar como agente transformador que abrange até âmbitos políticos, como o ocorrido na Primavera Árabe, a qual obteve seu estopim com a ação extremista de um homem que ateou fogo no próprio corpo como forma de protesto ao governo vigente na época. Desse modo, o caso repercutiu nas redes sociais, mais especificamente no “Facebook”, o que ocasionou uma ação social mútua que dificilmente outro recurso proporciona. Deve-se, em vista disso, o Poder Público, não só brasileiro como também de outros países, em consonância com as instituições de ensino e a mídia em geral, desenvolver ações que amplifique a utilização consciente das redes sociais, como “banners”, cartazes e comerciais televisivos, com conteúdo voltado a interpretação não equivocada no que refere-se as informações acessadas em redes sociais. Tendo em vista que da mesma forma que a capacidade de formação e transformação de opinião proporciona benefícios, proporcionalmente, pode ocasionar malefícios.