De acordo com o filósofo Zygmunt Bauman, "as redes sociais são muito úteis, mas também, são uma armadilha". Sobre esse aspecto, nota-se que a ato superexposição praticado pelos internautas atualmente, é motivado por um desejo de aceitação. Conseguinte a isso, as postagens se tornam fantasiosas e não condizentes com a realidade. Dessa forma, uma ferramenta que possui várias utilidades de comunicação e informação se torna um grande teatro cheio de filtros. Inicialmente, observa-se que a maioria das pessoas não conseguem mais fazer suas atividades cotidianas sem postar no Facebook ou no Instagram. Essa overdose de exposição é motivada pelo desejo de despertar inveja ao próximo, de mostrar que está feliz e muitas vezes a imagem se distancia significativamente do estado real. Ademais, os influenciadores, pessoas que possuem muitos seguidores, provocam em seu público uma sensação de vida inalcançável, fazendo com que muitos se deprimam e se frustem ao acompanhar a vida de seu ídolo. Além disso, essa problemática também pode gerar perigos como sequestros e tentativas de homicídio. Assim como aconteceu com a apresentadora Ana Hickmann em 2016, onde um homem chamado Rodrigo Augusto, que monitorava as redes sociais dela e sabia os lugares que frequentava, tentou assassiná-la. Desse modo, atentados como esse são facilitados pelo uso excessivo da internet colocando em risco a vida daqueles que se auto divulgam. Portanto, é inquestionável que as consequências da superexposição no meio virtual são graves e que esse cenário necessita de mudanças urgentes. Em resumo, a solução mais sensata é que a sociedade precisa aprimorar, cada vez mais, os mecanismos de auto fiscalização e controle para evitar exposições desnecessária que possam contribuir para o avanço de atentados . E, à vista disso, o Ministério da Educação deve inserir, desde as escolas iniciais, aulas sobre a utilização adequada das novas tecnologias; pois, como dizia Immanuel Kant "o homem não é nada além aquilo que a educação faz dele".