No livro 1984, George Orwell, de forma profética, escreveu sobre a perda de privacidade. Os habitantes de Oceânia, cidade fictícia do livro, eram controlados pelo “Grande Irmão” e vigiados por ”teletelas”. Ao escrever 1984, talvez, George Orwell quisesse alertar a população mundial sobre algo que estaria próximo, o que o escritor não esperava é que a própria população iria se expor gratuitamente, sem filtros e logo, sem pensar nas consequências de tamanha exposição. Com o advento da internet, a população mundial se interligou. Não há distância que não possa ser encurtada com a internet. Pouco após sua criação, surgiram as redes sociais que trouxeram ainda mais a sensação de proximidade, pois com elas, todos têm acesso a informações íntimas e em tempo real. Usuários do mundo inteiro dedicam horas de suas vidas publicando suas ações e, principalmente, vendo publicações de outros usuários. Entretanto, essa troca de publicações traz consequências sérias, principalmente quando o desejo de se expor passa a coordenar o comportamento do indivíduo. A necessidade de aprovação também pode ser considerada uma consequência, tendo em vista que está diretamente ligada a fatores psicológicos, como insegurança, baixa autoestima, vazio interior etc. Portanto, fica evidente que os usuários de redes sociais devem ter cautela sobre aquilo que é publicado em seus perfis. Cada indivíduo antes de toda postagem deve analisar a relevância do conteúdo que será divulgado, pois a partir do momento que uma informação é colocada na rede mundial de internet, dificilmente será excluída por completo. O governo, por sua vez, pode contribuir alertando os perigos da superexposição nas redes sociais com campanhas televisivas e onlines. Cabe a cada um ter consciência que as redes sociais não são diários e que sempre tem alguém do outro lado observando.