Após a aquisição da internet, sobretudo em 1969 no auge da Gerra Fria, as relações interpessoais se estreitaram. Tal aproximação, entretanto, embora tenha contribuído para a disseminação de noticias, por exemplo, trouxe consigo o "antídoto" da solidão. Desse modo, a ânsia de se construir um personagem audiovisual, faz o indivíduo se submeter a exposições exageradas as quais, por sua vez, o deixa vulnerável à diversos riscos. Nesse ínterim, a fim de afugentar o vazio existencial, o ser humano busca estratégias para se inserir nessa rede integrada de computadores. As trocas de informações, todavia, não se restringem apenas na exposição para com suas amizades sólidas. A integração por sua vez, permitiu ao indivíduo se expor- inclusive de todas as maneiras- para àqueles que sequer nunca viram. Tal perspectiva, no entanto, é preconizada pelo sociólogo Zygmunt Bauman quando diz que hoje em dia as amizades são liquidas e que basta apenas um "clic" para desfaze-las. Dessa forma, o perigo se instaura, visto que informações pessoais, são, a todo tempo, trocadas com pessoas desconhecidas. "O homem nasceu livre e a todo momento vive acorrentado." Tal como o iluminista Rousseau um dia pontuou, o ser humano se engana ao pensar que possui a verdadeira liberdade. Nesse contexto, no que concerne ao ambiente virtual, é notório que "ser livre" está condicionado, majoritariamente, no direito de expor quaisquer pensamentos através das redes. Não obstante, os diversos aplicativos aprisionam o homem moderno e esse como represália expõe o que come, onde foi e para onde pretende ir. Nesse mecanismo de integração, porem, abre espaço para espionagem alheia. Além de facilitar a disseminação de arquivos íntimos, propiciam também possíveis furtos e ciladas, visto que, com o detalhamento de sua vida nas redes, a possível vitima potencializou sua vulnerabilidade. De fato, o ambiente virtual tornou-se um outdoor de espaço para todos. De toda maneira, ainda que isso seja uma verdade, é mister que os usuários tenham noção do que e para quem publicar. Logo, é papel do governo, em parceria com a mídia, alerta-los sobre os possíveis riscos de exposição exagerada, sobretudo ao desconhecido. Através de palestras educativas, peças teatrais, e simpósios no afã de evitar os possíveis danos aos internautas. Além de o governo possuir crivo através de aplicativos para que assim possa ter mais autonomia de vetar informações dos usuários que possam implicar, futuramente,nas suas integridades.