A globalização proporcionou ao mundo muitos avanços tecnológicos, como a internet e as redes sociais, que facilitaram a interação interpessoal. Todavia, atualmente no Brasil, nota-se um excesso de exposição dos internautas devido o desejo de serem reconhecidos, de alimentar seu ego. Porém, tais atos têm facilitado a prática de diversos crimes cibernéticos. Selfie na academia, belfie na praia, mensagens sobre seu dia. A maioria das pessoas não conseguem mais fazer qualquer coisa sem postar no facebook ou instagram. Essa overdose de exibição é motivada pelo desejo de despertar inveja no próximo, de mostrar que está feliz e muitas vezes a imagem se distancia significativamente do estado real. Ademais, tal hábito pode levar o indivíduo a denegrir sua imagem, como ocorreu com a assessora de impressa Justine Sacco que, ao viajar para a Africa, publicou uma pequena mensagem que repercutiu no mundo, diante do caráter racista. Além disso, a superabundância de informações pessoais nos perfis da web facilitam a execução de crimes como roubo, pedofilia e exibição de terceiros nesse ambiente público que é a internet. Isso posto, observa-se que tornou-se corriqueiro o "vazamento" de fotos e vídeos íntimos de artistas e as chamadas vinganças pornô entre anônimos. Perante essas máculas trazidas pelo mau uso dos meios de comunicação foi criado uma lei específica para crimes cibernéticos. Portanto, é inquestionável que as consequências da superexposição no meio virtual são graves e que esse cenário necessita de mudanças urgentes. Dessa forma, a sociedade precisa aprimorar, cada vez mais, os mecanismos de auto fiscalização e controle para evitar exposições desnecessária que possam contribuir para o avanço de delitos virtuais. E, à vista disso, o Ministério da Educação deve inserir, desde as escolas iniciais, aulas sobre a utilização adequada das novas tecnologias; pois, como dizia Immanuel Kant "o homem não é nada além aquilo que a educação faz dele".