A internet surgiu, durante a Guerra Fria, como um meio alternativo de comunicação militar. Ao longo dos anos, ela perdeu o caráter de arma militar e adquiriu o de arma social. Nela, as pessoas estão expondo, através das redes sociais, as suas vidas. Esse exibicionismo, muitas vezes, exagerado pode acarretar uma série de consequências na vida do indivíduo. Em primeiro lugar, a superexposição virtual, em busca de aceitação e reconhecimento, facilita o cometimento de crimes. As pessoas postam os lugares que frequentam, quando frequentam, onde estão, para aonde vão e de que horas vão chegar. Dessa forma, indivíduos mal-intencionados têm, a sua disposição, uma série de informações sobre o seu alvo, as quais facilitam a sua ação. Um exemplo disso é o ataque sofrido pela apresentadora Ana Hickman por um fã que acompanhava a sua localização pelas redes. Concomitantemente, as empresas estão pesquisando o perfil, nas redes sociais, dos candidatos à uma vaga antes de contratar. Um funcionário de uma organização carrega o nome da mesma e tem suas atitudes relacionadas a esse nome. Assim, os estabelecimentos analisam o comportamento virtual do indivíduo a fim de saber se a conduta dele é apropriada e, a partir disso, decidem empregar ou não. Fica claro, portanto, que a superexposição na internet apresenta riscos tanto físico quanto social ao cidadão. Em decorrência disso, a escola deve procurar orientar, por meio de debates em sala de aula e palestras com psicólogo, os seus alunos quanto ao uso das novas tecnologias. Ademais, a mídia pode promover campanhas e propagandas alertando a população dos riscos dessa prática, além de abordar a temática nas novelas e seriados. Por fim, a sociedade precisa aprimorar os mecanismos da auto fiscalização e controle para evitar novos casos de abusos.